Artur Jorge, treinador do Braga, fez a antevisão do jogo de segunda-feira (20h15) contra o Boavista, no Estádio do Bessa, e relativo à 23.ª jornada da I Liga
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Repto aos jogadores: "Aquilo que vou exigir, a começar por mim, é ambição, dedicação e trabalho para lutarmos pelos objetivos que temos pela frente. Estes 12 jogos vão ditar muito daquilo que é a nossa capacidade para conservar este quarto lugar, sem perder a possibilidade de chegar mais longe, aos lugares que estão acima. Temos de ter essa ambição e temos de ser competentes. Temos de continuar a ganhar e a melhorar, até porque temos margem para isso.”
Críticas recentes aos erros individuais: “Aquilo que faço nas conferências de imprensa faço primeiro com os meus jogadores. Lido com eles, sei que eles têm esse reconhecimento. Temos tido erros individuais que têm sido por demais. Temos 41 jogos, somos a equipa portuguesa com mais jogos, bem mais do que qualquer outra equipa em Portugal, mas isto tem feito com que tenhamos sido penalizados em alguns resultados. Faço as críticas externamente, mas internamente serei até bem mais duro. Defendo os jogadores em relação ao seu comportamento e entrega, mas é evidente que temos tido alguns erros individuais. Não é tabu falar sobre isso, até porque sabemos que temos de fazer melhor."
Abel Ruiz como extremo ou avançado: “O Abel jogou nos dois últimos jogos como avançado. Contra o Farense e o Qarabag jogámos declaradamente em 4x4x2, com o Pizzi como médio mais aberto. O Abel pode jogar nas costas do ponta-de-lança, mas nos dois últimos jogos foi montado em 4x4x2, com o Abel ao lado do Simon [Banza]."
Erros defensivos: “Temos sofrido muitos golos para aquilo que seria aceitável para esta altura. Os erros individuais também nos têm penalizado. Há também erros coletivos e eu também poderei ter responsabilidade. Há também golos que sofremos por mérito do adversário, porque há equipas com qualidade. Há uma série de fatores que têm levado a isso. No início [da época] falei muito sobre isso, tentando desvalorizar, porque marcávamos bastantes golos, porque ganhávamos por 4-3 ou 3-2, mas agora continuamos a sofrer muitos golos e estamos a marcar menos. Isto tem peso emocional na equipa e em particular naqueles que jogam mais atrás. Já jogámos com laterais e duplas de centrais diferentes, já mudámos muita coisa atrás, mas acabámos por ter poucos jogos em que não sofremos ou sofremos apenas um golo. Isto é difícil de explicar e fica mais difícil ganhar jogos quando se sofre golos desta maneira.”