Declarações de Eustáquio à UEFA antes do decisivo FC Porto-Inter da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. O jogo realiza-se terça-feira, a partir das 20h00, no Dragão.
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Como foi crescer no Canadá, que memórias guarda? "Muita neve, posso falar sobre isso. Costumava jogar nas ligas de verão, por causa da temperatura não podíamos jogar no inverno. É um inverno tranquilo, em que vamos de casa para a escola e vice-versa. Quando chega o verão, há muito futebol no espaço de três meses. Tenho boas memórias, muitos amigos lá, parte da minha família também. O meu irmão trabalha no Canadá. Amo o Canadá e é com um sorriso que recordo o meu passado."
Experimentou outros desportos? "Tentei, mas não tive sucesso [risos]. Por causa dos meus pais, principalmente o meu pai, que jogava futebol, no Canadá jogámos sempre futebol, eu e o meu irmão. Tentei basquetebol, mas era muito baixo, tentei hóquei, mas era tudo muito rápido para mim, então tentei apenas seguir o meu irmão e os passos do meu pai."
Significado para a família: "Significa muito. É muito tempo, um longo caminho, eles estiveram comigo a cada passo da jornada. A cada jogo que tinha, em cada treino... Então, para eles, verem-me num nível de topo em Portugal deixa-os muito felizes. E eu também fico feliz por eles."
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Pressão e o impacto que têm no Canadá: "A pressão que temos é a pressão que colocamos em nós próprios. O Canadá não é um clube de futebol, não há aquela pressão de ter grandes resultados em grandes palcos. Portanto, a pressão que há é aquela que colocamos sobre nós. Tudo bem, não somos um país de futebol, mas estamos aqui para mudar as coisas e queremos ter essa pressão, porque só assim podemos alcançar grandes coisas. Queremos que os media e as redes sociais nos sigam, queremos que os adeptos nos acompanhem, porque só assim podemos crescer."
Influência do pai: "Não tive a oportunidade de ver o meu pai jogar, mas, obviamente, o meu pai passou isso para o meu irmão e o meu irmão é mesmo quem sigo e o meu verdadeiro ídolo. Segui todos os passos dele. O meu pai e a minha mãe disseram para eu fazer o que quisesse, mas está no nosso sangue jogar futebol e estou feliz por ter seguido esse caminho. Estou feliz por ter chegado a este nível, o nível que o meu pai nunca atingiu e sei que o deixei orgulhoso, assim como à minha mãe. Isso deixa-me feliz."
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