Sébastien Frey nunca chegou a ser colega de equipa do técnico do FC Porto, mas lembra-se bem de defrontar o antigo extremo em Itália.
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As carreiras de Sébastien Frey, antigo guarda-redes francês, e de Sérgio Conceição em Itália passaram pelas mesmas latitudes (Parma e Inter), mas os dois nunca chegaram a ser companheiros de equipa. Contudo, os duelos que travaram foram suficientes para que, duas décadas depois, o ex-guarda-redes seja capaz de tirar a radiografia ao perfil do agora treinador do FC Porto.
"Foi um jogador muito importante tanto para Parma como Inter, clubes que também defendi, além de ter sido campeão na Lázio. Lembro a sua habilidade em fugir ao adversário direto e ganhar a linha para o cruzamento. Era uma personalidade muito forte, também", recordou o antigo internacional francês a O JOGO, realçando que reconhece esse caráter de Conceição no futebol que o FC Porto pratica. "Está muito vincada essa personalidade", assinalou.
"Dois treinadores com personalidades díspares"
Sébastien Frey, senhor de 448 jogos no Calcio, é admirador do estilo que Sérgio Conceição implementou no FC Porto. "Tem ideias de jogo muito interessantes. Gosto da forma como interpreta o futebol com um cunho muito competitivo. Comecei a segui-lo nessa passagem por França [no Nantes], onde esteve muito bem. No FC Porto sente-se em casa e os títulos têm aumentado a sua credibilidade", afiançou o antigo guardião, apontando diferenças entre Sérgio e Simone Inzaghi, técnico do Inter: "Fizeram parte de uma extraordinária Lázio. Vejo-os com personalidades completamente díspares, mas com grande paixão. Estou feliz por vê-los em grandes equipas."
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"Deixei uma marca importante"
Numa altura em que o futebol italiano estava recheado de estrelas, Frey acredita ter construído um legado meritório.
"Acho que deixei uma marca importante, sendo considerado um dos melhores do Calcio ao lado de nomes fortes como Buffon e Júlio César. Se as pessoas se lembram de mim, fico feliz", afirmou, destacando Ronaldo "Fenómeno" como "o melhor" que encontrou... com uma ressalva: "Tenho Roberto Baggio como um dos maiores de sempre, além de uma proximidade pessoal e uma ligação muito especial, que me fez converter ao budismo."
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