As inúmeras peladas foram evidentes na partida com o Gil Vicente, apesar de o relvado ter sido poupado durante 16 dias.
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Colocado há apenas seis meses e tido como inovador por misturar relva natural e artificial (uma pequena percentagem), o tapete do Estádio Municipal começa a ficar impraticável para o desporto de alta competição.
Segundo apurou O JOGO, o Braga tenciona passar dos avisos contundentes a medidas drásticas em relação à empresa contratada (RED) para gerir todos os relvados do clube, incluindo os campos de treinos anexos ao recinto e os existentes na Cidade Desportiva.
Ao contrário do que se esperava, o relvado deteriorou-se rapidamente com as primeiras chuvadas (ainda que intensas) deste outono, tendo alertado atempadamente para preocupantes debilidades, sobretudo na lateral junto aos bancos e nas áreas das balizas. Na eventualidade de a RED não tomar medidas rapidamente, a sociedade desportiva poderá avançar para a rescisão do contrato celebrado, exigindo ao mesmo tempo o pagamento de uma indemnização avultada pelos danos causados e pelos gastos que o relvado já implicou.
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A indignação dos responsáveis bracarenses subiu de tom no passado sábado, por ocasião da partida com o Gil Vicente, para a IV eliminatória da Taça de Portugal. Esperava-se que o relvado híbrido regenerasse durante os 16 dias anteriores em que não foi utilizado, fruto da paragem das competições devido aos compromissos das seleções, mas acabou por apresentar-se em pior estado e com inúmeras peladas, conforme era possível verificar a partir das bancadas. Semelhante situação já não é, aliás, nova. Depois de não ter tido grandes problemas com o primeiro relvado colocado no estádio que seria palco de jogos do Euro"2004 (chegou a ser considerado um dos melhores do país), o Braga mudou-o em 2016 a conselho da RED e não tardaram a registar-se problemas, que levaram a uma nova substituição no final de maio, três dias após o último jogo da época 2018/19.