Javi Vázquez é um dos rostos da boa campanha do clube de Torres Vedras na II Liga. Na última ronda foi decisivo. Estreante no futebol português, o lateral-esquerdo criado no Sevilha considera que experiência tem sido “muito boa”, até pela liberdade que o treinador lhe dá. E sacou “da melhor versão”.
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A grande temporada do Torreense na II Liga, mantendo aspirações de subida nesta reta final de campeonato, face ao sexto lugar e aos quatro pontos de diferença para o Alverca, terceiro classificado, em lugar de play-off, tem mostrado rendimento muito elevado de diversos elementos, destacando-se, muito particularmente, Javi Vázquez, de 24 anos, ex-Lugo, com longo processo de formação no Sevilha. A estreia no futebol português já o apresenta como o segundo lateral com maior rendimento ofensivo nas ligas profissionais, olhando ao somatório de assistências e golos. O lateral-esquerdo responde com quatro remates certeiros e seis passes para golo, decisivo, mais uma vez, no triunfo por 2-1 arrancado no Estádio do Fontelo, casa do Académico de Viseu, na passada jornada, assistindo para o 1-1 e assinando a reviravolta já no tempo de compensações. Só fica atrás de Francisco Moura (FC Porto), que contabiliza dez assistências e um golo.
“Sempre tive um perfil de caráter ofensivo, mas a liberdade que o treinador tem dado para me desenvolver ofensivamente, seja por dentro ou por fora, está a ajudar-me muito a estar perto da área rival”, defende Javi Vázquez, elogiando as dinâmicas traçadas por Tiago Fernandes.
“Sinto-me cómodo nos jogos graças à confiança recebida do técnico, da direção desportiva, dos colegas. Desde que cheguei, sabia que era um ano em que tinha de sacar da minha melhor versão e, com a ajuda de todos, está a ser muito bom para mim”, frisa o lateral andaluz, rendido à escolha que fez, à visão de uma liga adequada ao seu potencial e momento.
“Entendi desde a primeira hora que seria uma boa opção vir para Portugal. Era uma forma de dar um impulso à minha carreira e abrir outras portas fora de Espanha. Esperava uma II Liga como a que estou a viver, muito competitiva, com jogadores de alto nível, que apostam em mostrar a sua qualidade para dar um salto rumo à divisão superior”, confessa, não deixando de parte as impressões sobre o clube que o acolheu em Torres Vedras.
“Fui recebido muito bem, parece que estou em casa, envolvido por ótimas condições. E o que mais gosto e aprecio é a proximidade entre todos os trabalhadores e o crescimento visível que existe”, salienta Javi Vázquez sobre a aventura portuguesa, que até pode acabar com festa rija.