E-Toupeira: a explicação de Paulo Gonçalves para os convites e a questão do parque
Excerto da audição do ex-funcionário das águias, arguido no e-Toupeira, caiu ontem na Internet.
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Durante a audição do arguido Paulo Gonçalves, no âmbito da fase de instrução do e-Toupeira, o ex-assessor jurídico das águias explicou à juíza Ana Peres porque José Augusto Silva, funcionário judicial que está em prisão domiciliária e acusado de fornecer ao responsável encarnado informações sobre processos em segredo de justiça, tinha direito a lugar no parque de estacionamento da Luz.
"Não fazia sentido e até seria indelicado da minha parte, o meu compadre Óscar dar-lhe boleia e ficar no piso 1 e ele ir para o piso 3 ou piso 0. Não convido pessoas para ir a minha casa e uns ficam na cozinha e outros ficam na sala. Se convido, vão todos para o mesmo sítio", afirmou, num excerto da audição desta semana que caiu na Internet.
Paulo Gonçalves explicou ainda que os lugares de parque são "disponibilizados para os camarotes ou convites", mas como os primeiros estão praticamente todos vendidos, restavam os segundos e que eram dados por uma questão de "cortesia". "O Júlio Loureiro vinha com o Óscar, que tinha sempre parque, porque eu lhe arranjava. Ao José Augusto, eu arranjava-lhe parque sempre que podia, senão estacionava no Colombo que é o que fazem muitos dos meus amigos."