Walterson mantém discurso com "os pés na terra", mas admite que a equipa pode "sonhar mais lá para a frente"
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O avançado brasileiro Walterson Silva, afirmou hoje que "é muito cedo para o Famalicão pensar na Europa" e que "só depois de garantida a permanência a equipa brigará por outros objetivos".
"São só sete jornadas decorridas, estamos a fazer um ótimo trabalho, mas é muito cedo para pensar na Europa. O campeonato português é muito difícil e somos uma equipa recente na I Liga. Há que manter os pés no chão e ver o que acontece mais para a frente", disse o goleador, de 24 anos de idade, nascido em Minas Gerais.
Confrontado com a expressão "sonhar é grátis", Walterson responde: "Sobretudo pelos adeptos. Na nossa cabeça até pode estar 'será que vai dar?' mas temos é que pensar jogo a jogo. Essa euforia, nós deixamos para os adeptos, que vivem do momento. É muito difícil, há que trabalhar com os pés no chão".
O jogador, após o treino aberto de hoje, disse aos jornalistas que não está surpreendido com a classificação do Famalicão (primeiro isolado, um ponto à frente de FC Porto e Benfica), argumentando com o facto de ter percebido que "o clube fez contratações de qualidade e, por isso, sabíamos que poderíamos brigar mais na frente". E sustentou: "Primeiro, garantir a permanência e estes 19 pontos são importantes para isso. Depois, brigaremos por outros objetivos".
Admitiu que o Famalicão tem sido a melhor equipa, pois "por isso é que está em primeiro lugar", mas avisa: "Os favoritos são sempre o FC Porto, Benfica e Sporting. No entanto, penso que todo o adversário nos olha, agora, com mais respeito".
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Sobre o próximo jogo para o campeonato, que acontecerá no Dragão, frente ao FC Porto, Walterson considera ser "mais uma dura prova de fogo". E acrescenta: "Já o foi contra o Sporting [vitória por 2-1], mas o FC Porto está melhor. Sabemos que vai ser difícil, mas podemos ir lá fazer um bom resultado. A verdade é que esta equipa procura sempre vencer, em casa ou fora".
Questionado sobre uma hipotética vitória sobre os dragões e o crescendo de euforia entre os adeptos, confessa: "A euforia iria à loucura, ao extremo máximo. Mas o grupo está sereno, sabendo que pode fazer um bom jogo e trazer um bom resultado, mas há que ter os pés no chão".
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