A Doyen quer penhorar os bens do Sporting como garantia de pagamento da dívida relativa à transferência de Marcos Rojo para o Manchester United.
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O fundo de investimento volta ao ataque, depois de já ter garantido a penhora das receitas leoninas nas provas da UEFA. Em causa está a dívida de 14 milhões de euros, acrescida de juros, pela transferência de Rojo para o Manchester United.
Segundo a Rádio Renascença, que teve acesso à resposta dos serviços jurídicos do Sporting ao Tribunal da Relação de Lisboa, a SAD leonina pretende evitar nova ação judicial, justificando que já existe a penhora acima referida dos prémios das competições europeias, em vigor desde o dia 12.
Bruno de Carvalho desmentira, na Assembleia Geral do passado fim de semana, a existência de uma penhora da UEFA, mas reforçou que o Sporting tinha uma "dupla almofada" para saldar a dívida à Doyen, de 14 milhões de euros, acrescida de juros. O dirigente explicou que, por um lado, o valor "está aprovisionado nas contas". Por outro, há as receitas da UEFA.
A Doyen, entretanto, aproveitou, através de comunicado assinado pelo director-executivo Nélio Lucas, para felicitar o Sporting, em especial treinadores e jogadores, pela qualificação para a próxima edição da Liga dos Campeões.
Na mensagem, para além de acusar Bruno de Carvalho de "falsidade", Nélio Lucas refere, de forma irónica, a "almofada de conforto" que o grupo de investimento passou a ter depois de garantida a entrada direta dos leões na principal prova de clubes da UEFA.
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) condenou o Sporting ao pagamento de 14 milhões de euros, acrescidos de juros, à Doyen, pela transferência de Marcos Rojo para o Manchester United.
Os leões entenderam que não deviam pagar a percentagem da mais-valia conseguida com o negócio à empresa que participou na aquisição do jogador ao Spartak de Moscovo.
O caso continua a ser julgado, uma vez que Sporting recorreu da decisão do TAS para o Tribunal Federal da Suíça.