Na Champions, dragões tentam voltar aos jogos fora sem golos sofridos. Se acontecer, Costa iguala Marchesín. Uma folha limpa é meio caminho andado para bater o Bayer Leverkusen, no que valeria outro registo que escapa há algum tempo. FC Porto voltou da paragem mais eficaz nos duelos defensivos.
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Quem não sofre garante que, no mínimo, não perde, mas o FC Porto tentará, amanhã, ir ainda mais longe para se aproximar dos oitavos de final da Liga dos Campeões e voltar a assinar um registo que lhe escapa há algum tempo. Fora de portas na Champions, os dragões sofrem golos há três jogos (Atlético de Madrid, Liverpool e Milan) e será essencial cortar essa tendência na visita ao Bayer Leverkusen, que na semana passada saiu a zeros (2-0) da Invicta, muito por culpa de Diogo Costa.
Para o guarda-redes, que nessa partida travou um penálti batido por Patrik Schick, também há um desafio pessoal em causa: se não sofrer golos, soma a quinta "clean sheet" na Champions e iguala o registo do antecessor, Marchesín.
Como se vê no quadro, Helton lidera o ranking por larga margem (19), seguido por Vítor Baía (9) e Iker Casillas (7). Diogo estreou-se na liga milionária em 2020/21 em casa do Olympiacos e foi logo aí que registou a primeira folha limpa, num jogo em que o FC Porto já estava qualificado para os "oitavos".
Repetir esse registo pode muito bem passar pelo que os dragões serão capazes de fazer frente aos "farmacêuticos" e é claro que não depende tudo de um guarda-redes inspirado. Quanto menos trabalho Diogo tiver, melhor, e os dados apontam a uma equipa mais eficiente nos duelos defensivos, numa comparação entre antes e depois da paragem das seleções. Em média por 90 minutos, o campeão nacional subiu a eficácia de 55 para 65% neste aspeto sempre muito valorizado pela equipa técnica.
Se cada momento pode definir um jogo, cada golo pode decidir o apuramento. Veja-se que, neste momento, o FC Porto tem os mesmos pontos que Bayer e Atlético, mas com vantagem no desempate a três por um golo de diferença. Um triunfo, além da importância nestas contas, também põe fim a uma série de quatro jogos sem vencer como visitante - o último (1-0) foi diante do Chelsea, na segunda mão dos quartos de final, ainda que não tenha sido suficiente para virar a eliminatória.