A Associação Portuguesa de Doentes com Mastocitose e Doenças Mastocitárias conseguiu um reunião com o Governo que viria a garantir a comparticipação de um medicamento para a mastocitose. Guarda-redes do FC Porto foi embaixador de uma iniciativa do FC Porto em parceira com a UEFA Foundation
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Diogo Costa foi embaixador de uma iniciativa do FC Porto em parceria com a UEFA Foundation que veio a ajudar a Associação Portuguesa de Doentes com Mastocitose e Doenças Mastocitárias (APORMast) a conseguir uma reunião com o Governo e, consequentemente, a garantir a comparticipação do cromoglicato de sódio, uma medicação utilizada pelos mil portugueses diagnosticados com mastocitose.
Há um ano, os dragões leiloaram dois bilhetes para o jogo frente ao Shakhtar Donetsk, uma camisola autografada e um encontro com o guarda-redes numa tentativa de sensibilizar as massas para a causa defendida pela APORMast, refira-se.
Sónia Carvalho, que sofre desta doença e é professora no Colégio Júlio Dinis, agradeceu a ajuda dos azuis e brancos e do guarda-redes internacional português.
"Esta conquista era uma luta que tínhamos há já algum tempo, porque o cromoglicato de sódio, um medicamento para controlar os sintomas da mastocitose, não era comparticipado. Era um manipulado, feito nas farmácias, que custava 83 euros por mês aos doentes. Depois de uma longa luta, conseguimos que o medicamento fosse incluído na listagem de manipulados comparticipados pelo Estado. Terem divulgado a doença ajudou muito e a colaboração do FC Porto, da UEFA Foundation e do Diogo Costa foi fundamental, porque a projeção que o FC Porto e o Diogo Costa conseguem dar é muito maior do que noutra qualquer situação e foi muito importante. Foi muito bom para mim, porque é algo que me afeta diretamente. Por outro lado, sossega-me poder saber que mais pessoas terão acesso a uma medicação que muitas delas nem sequer compram por ser demasiado cara. Foi extremamente importante, o futebol cria um mundo próprio que é difícil outra situação da sociedade alcançar e alcança milhões de pessoas", referiu a docente.
"Gostaríamos que uma farmacêutica começasse a fabricar o medicamento em série para ele poder ser acessível a mais gente. Isso seria o ideal, vamos continuar a divulgar a existência da doença para que mais pessoas possam ser medicadas, porque é uma doença rara. Supostamente existem cerca de mil pacientes em Portugal, mas eu creio que seremos muitos mais e que estaremos subdiagnosticados", disse ainda, em declarações aos canais oficiais do FC Porto.