Regresso não ditou o título de campeão que tanto queria e que vencera em 2009/10. Sai com 24 golos e 31 assistências. As duas épocas da segunda passagem ficaram-se ambas pelo segundo lugar. Adeus à Luz mereceu comentários dos colegas e destaque mundialmente. Da América do Sul, à Ásia e até à Europa.
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Braga, última paragem onde o Benfica disse adeus em definitivo à possibilidade de conquistar o troféu de campeão, marcou também a despedida de Di María do campeonato português. Angelito regressou à Luz no início da época 2023/24 com o objetivo de voltar a festejar a conquista do título em Portugal, como tinha feito na época da sua primeira despedida (2009/10), mas diz adeus ao Benfica sem concretizar essa intenção, fruto do bicampeonato alcançado pelo Sporting.
Uma das figuras das águias nas duas últimas temporadas, o camisola 11 despediu-se da Liga com uma assistência, tendo feito o passe para Pavlidis, que evitou o desaire na Pedreira aos 63’. A entrega significou um regresso de Di María às ações decisivas quatro jogos depois – ficou em branco com Arouca, Vitória de Guimarães e Sporting e não jogou com o Estoril, contra o qual não saiu do banco.
Com a assistência frente aos arsenalistas, Fideo fecha o seu percurso de cinco temporadas no campeonato nacional (dividido em duas passagens) com um troféu de campeão, dois vicecampeonatos, ambos na segunda aventura, um terceiro (2008/09) e um quarto lugar (2007/08). Quanto a números, o ainda camisola 11 das águias, totalizou 129 partidas na Liga, com 81 vitórias (62,9 por cento), 29 empates e 19 derrotas. Di María registou 24 golos e 31 assistências, sendo que 2023/24 foi a sua melhor temporada, com influência decisiva em 19 tentos (nove marcados e dez oferecidos). Este ano, em 1653 minutos distribuídos por 25 encontros, marcou por oito vezes e fez cinco ofertas.
O “goat” para Kokçu que motivou reações
Reconhecendo que “dói muito” não vencer o campeonato, Di María, visivelmente emocionado no final do jogo com o Braga, anunciou o adeus através do Instagram, informando ter sido “o último jogo de campeonato com esta [do Benfica] camisola” e revelando “orgulho” por ter envergado o dorsal encarnado. Seguiram-se muitas reações, entre as quais de vários colegas. Entre emojis com corações, houve quem, como Kokçu, classificasse Di María como “goat” (Greatest of All Time, ou seja, o maior de todos os tempos). Bah falou de uma “lenda” e revelou a “honra” por ter atuado a seu lado. Já Amdouni, “chorou” pela despedida do “rei” Di María.
O anúncio da saída da Luz teve eco um pouco por todo o mundo. Desde a América do Sul, onde a notícia voou na Argentina, o seu país natal, como no Brasil, até à Ásia, onde no Vietname mereceu destaque, passando depois pela Europa. O futuro pode passar por um regresso ao Rosario Central, mudar-se para o Inter Miami, de Messi, ou Arábia Saudita.