Antes da mudança para os brasileiros do Santos, Basso destacou-se ao serviço do Arouca, onde era capitão e uma das maiores figuras da equipa
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Contratado pelo histórico Santos, João Basso deixou uma marca indelével em Arouca ao longo de quatro épocas bem-sucedidas.
O central brasileiro chegou aos arouquenses em 2019/20, quando a equipa estava no Campeonato de Portugal. Seguiram-se duas subidas, uma permanência na I Liga e uma chegada às competições europeias.
Depois de sete anos em Portugal, era um objetivo regressar ao Brasil?
-Tanto as pessoas mais próximas de mim como o clube sabiam do meu desejo de dar um passo em frente. Já tinha criado essa expectativa ao longo do ano; ou dava um passo na Europa ou regressava ao Brasil para um grande clube, e foi o que aconteceu. O Santos é um clube gigante, quando soube do interesse pensei logo em aceitar.
Era o momento certo para mudar o rumo da carreira?
-Era o momento certo para mudar. À minha vontade juntou-se a oportunidade de ir para um grande clube.
Ainda é tudo muito recente, mas como estão a ser os primeiros tempos ao serviço do Santos?
-Estou naquela fase de encontrar casa, de adaptar-me ao clube, à cidade e de readaptar-me ao Brasil. Estas primeiras semanas foram muito intensas, podemos dizer assim, mas foram semanas de realizações. Estou muito feliz.
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O que perspetiva para esta temporada?
-Os meus objetivos passam por jogar e atingir metas pessoais, mas o principal é que, como equipa, consigamos atingir o que foi proposto dentro do clube. Espero que possamos terminar da melhor maneira esta época.
Quando fala em objetivos pessoais, passa-lhe pela cabeça uma chamada à seleção brasileira?
-Neste momento é um sonho um pouco distante, sei disso, e acho que o mais importante de tudo é percebermos a nossa realidade. Acabei de chegar ao Brasil, está a ser a minha primeira experiência num clube desta dimensão e fiz apenas três jogos. É um objetivo de carreira, sem dúvida alguma, mas sei que é um objetivo distante.
Direcionando, agora, para o Arouca. Como avalia essa experiência?
-Foi uma passagem de sucesso, todos os objetivos do Arouca foram atingidos. A nível coletivo, atingimos tudo, subimos de divisão duas vezes, mantivemos o clube na I Liga durante o primeiro ano e, no segundo, conseguimos um quinto lugar. Para quem está em Portugal, sabe a dificuldade que é isso, ainda para mais da maneira que foi, com o orçamento que o clube tem. A palavra que define essa passagem é vitória. Até ao momento foi o ponto mais alto da minha carreira, foi o clube que me abriu as portas. Se estou onde estou, devo muito ao Arouca.
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Se pudesse escolher um momento, qual foi o ponto alto da passagem pelo Arouca?
-Acredito que algo que ficou muito marcado foi a subida de divisão, da II Liga para a I Liga. É óbvio que o ano passado também foi muito importante, mas acho que a subida foi diferente, até pela forma como foi feita. Ninguém nos dava como candidatos, e nós conseguimos nove vitórias seguidas.
Este ano ainda fez parte da pré-época do Arouca. Estava à espera de outro desfecho na Europa?
-Estava à espera, sem dúvida alguma. Há qualidade e estava mesmo convicto que o Arouca iria passar. Infelizmente, não foi possível.
No entanto, acredita que o Arouca pode voltar a conquistar um lugar europeu?
-Acredito que sim, o Arouca manteve a mesma base, que é muito forte e os que vieram vão somar. O grupo fora do campo também é muito bom, é acolhedor. O primeiro objetivo, como sempre, é a permanência, para poder estar cada vez mais forte. Mas se me perguntarem se há qualidade para chegar novamente às provas europeias, digo que sim, que há muita qualidade.