ENTREVISTA, PARTE III - Armando Evangelista liderou um projeto de três anos que foi concluído com a chegada às competições europeias. Treinador está agradecido a quem apostou nele e elogia a visão dos responsáveis
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Quando terminou o ciclo no Arouca já tinha a ideia de ir para o Brasil?
-O mediatismo que o campeonato brasileiro foi tendo em Portugal levou-me a perceber que poderia ser uma experiência enriquecedora para mim. Quis consolidar-me no meu País e depois dos três anos em Arouca o objetivo passou a ser esse. Estava muito focado na hipótese do Brasil.
Agora mais a frio, como foi possível levar o Arouca às competições europeias?
-O ano passado foi o reflexo de três anos de trabalho. O futebol português ainda não olhou muito bem para o projeto do Arouca. Encontrámos um clube descrente na II Liga, que tinha estado no topo e bateu no fundo, ainda por cima na pandemia. A situação era complicada, mas com o Joel e o senhor Carlos Pinho criamos um projeto que visava estabilizar o clube na I Liga. O Arouca é, hoje, um clube estável desportiva e financeiramente e um exemplo para os outros. Foi à final four da Taça da Liga e à Liga Conferência.
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E bateu o recorde de vendas de jogadores...
-André Silva foi para o Vitória de Guimarães por um bom valor, emprestamos Bukia para a Arábia Saudita a meio da época também com um bom encaixe. Entretanto, o clube transferiu Antony [3,2 M€] e João Basso [2,5 M€] com grandes negócios. O sucesso desportivo e financeiro andaram sempre de mãos dadas. Uma coisa não pode estar desligada da outra. O Arouca é um exemplo de que os projetos em Portugal são possíveis, desde que haja investimento e comunhão de ideias.
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