Cafú não tem dúvidas que esta é mesmo a "melhor altura" para o V. Guimarães defrontar o Braga. "Se fosse outro adversário, ia ser um jogo morto, assim não".
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Mal Cafú atendeu a chamada, percebendo imediatamente o motivo do telefonema de O JOGO, não demorou a soltar uma reclamação. "Jogo no sábado, mas o presidente do Lorient parece que quer marcar um evento qualquer para domingo, com a presença dos jogadores. Não pode ser, vou ter que arranjar uma desculpa qualquer para não ir e ficar em casa a ver o Vitória com o Braga. Já vi que tenho uns calções do ano passado, só tenho que encontrar uma camisola e equipar-me a rigor", disparou o ex-jogador do Vitória, atualmente no Lorient, de França, que desde muito novo se habituou a olhar para o dérbi minhoto com um sentimento especial. "É a divisão do Minho. O pessoal pica-se uns aos outros, é a cidade a puxar por nós. Dizem-se coisas no balneário que não se podem publicar. Acaba-se o jogo com uma adrenalina que não se consegue explicar. Um dérbi não se joga, sente-se. Não é a mesma coisa que defrontar o Arouca ou outra equipa".
Cafú, de 23 anos, esteve presente em quatro dérbis minhotos, chamando a atenção para um, realizado em 2014/15, que o Vitória venceu por 1-0, com golo de Ricardo Valente. "Tínhamos combinado entre nós que à primeira falta do Braga iríamos para cima deles; o Rúben Micael tocou no André André, que fez um espalhafato jeitoso, e eu fui logo para cima do Rúben, com muitos palavrões, para o estádio ficar logo do nosso lado. Aquilo resultou mesmo, o jogador do Braga estava cheio de medo, e até acabou por sair lesionado pouco depois", contou o ex-capitão do Vitória. Tendo realizado, em seu entender, uma das melhores exibições da carreira nesse dérbi realizado em Guimarães, Cafú obteve a confirmação quando Sérgio Conceição tomou conta da equipa, na época passada. "Mal o míster chegou ao Vitória, falou-me desse jogo, porque ele era o treinador do Braga. Disse-me que tinha feito um jogo do...", disse o médio, trocando as reticências pela palavra.