Defesa permeável complica a retoma do Braga: 11 golos sofridos nos últimos cinco jogos
Fragilidades defensivas voltaram a manifestar-se em Felgueiras, tornando mais difícil o triunfo na Taça de Portugal. O Braga passou de uma média parcial de 0,5 golos sofridos por jogo para 2,2.
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Colocar um ponto final na permeabilidade da defesa do Braga é um dos principais desafios de Artur Jorge para as visitas ao Estoril, no regresso do campeonato, e ao FC Union Berlin, na Liga Europa.
O Braga sofre golos há cinco jogos consecutivos e em quantidades indesejáveis (somou 11 neste período), como se verificou na Bélgica, com o Saint-Gilloise a recuperar de uma desvantagem de 1-3 no marcador para assegurar uma preciosa igualdade (3-3), num jogo em que só a vitória interessava aos minhotos na perspetiva de um regresso ao primeiro lugar no grupo D.
Os erros defensivos já haviam custado três derrotas consecutivas, diante de FC Porto (4-1), Saint-Gilloise (1-2) e Chaves (0-1), e repetiram-se na Taça de Portugal, obrigando a equipa a aplicar-se a fundo para sair vencedora de Felgueiras por 1-2, perante um adversário que milita na Liga 3.
Semelhante cenário de dificuldade, marcado por sucessivas fragilidades, não se colocou nas primeiras nove partidas da época, disputadas entre agosto e setembro. Depois do empate com o Sporting (3-3), no arranque do campeonato, o Braga primou sempre pela consistência e apenas consentiria mais dois golos frente ao Rio Ave, naquele que foi a oitava vitória consecutiva da época. Esse intervalo de jogos fechou com uma média parcial de apenas 0,5 golos sofridos por jogo, mas tudo mudou, para pior, a partir da visita ao FC Porto. Não há, aliás, um padrão no "timing" dos golos que o Braga passou a sofrer: Héctor Hernández, pelo Chaves, faturou logo aos dois minutos num jogo em que não se registaram mais remates certeiros, enquanto Gustaf Nilsson fixou a vitória do Saint-Gilloise na Pedreira aos 90+4".
Nem o recente "hat-trick" de Vitinha no reencontro com a equipa belga bastou para disfarçar os problemas de um setor que chegou a ter um desempenho exemplar.
Entre a deslocação ao Dragão e a visita ao Felgueiras, o Braga sofreu, em média, 2,2 golos por jogo.