Declarações do treinador Daniel Sousa na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Maccabi Petah Tikva, a contar para a segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa.
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O que pediu à equipa para este segundo jogo: "Pedi o que tinha pedido para o primeiro jogo. Um respeito grande pelo adversário, seja ele qual for, e não desvalorizar o desconhecimento que falei na primeira mão. Partir como favoritos é pouco relevante e perigoso, porque já sabemos que o futebol está cheio de surpresas e essa parte do favoritismo não é sequer chamada quando falamos de qualquer adversário, seja qual for. Partimos para este jogo com uma ambição muito grande, queremos fazer bem as coisas, queremos continuar o nosso processo. Os jogadores dentro do balneário sabem que os jogos servem para ajustar comportamentos que temos de continuamente melhorar. Foi o que fizemos com este jogo, já nos permitiu olhar para o jogo de uma forma pedagógica dentro do nosso processo de trabalho. Precisamos sempre de jogos para continuar a melhorar".
Se acha que o Braga tem a eliminatória na mão: "Não, isso é muito perigoso. Não se pode ter nada como garantido no futebol, porque há surpresas no futebol a que não queremos estar expostos. Obviamente que temos essa vantagem e essa vantagem não nos dá o conforto. Dá-nos a certeza que o que fizemos no jogo foi bom e que há coisas para melhorar. Temos de continuar precisamente esse processo porque dá-nos confiança de que estamos a seguir o caminho certo. Mas nunca o conforto de ser favoritos nem o conforto da vantagem, porque isso é muito relativo".
No primeiro jogo o Braga aniquilou as ideias do adversário: "O adversário pode ter uma abordagem diferente ao jogo e isso pode causar algumas diferenças para o jogo de amanhã. Para a Supertaça, por exemplo, jogaram com dois médios e três avançados, contra nós jogaram só com dois avançados. Logo à partida houve diferenças do primeiro jogo oficial deles e pode haver amanhã, tendo em conta que poderão ter de correr mais riscos. Houve uma diferença que acredito que tenha sido estratégica precisamente por jogar fora. A própria abordagem desde o início de jogo foi no sentido de travar a nossa intensidade e até determinado ponto conseguiram, quebraram um bocadinho o ritmo do jogo, atrasaram o nosso golo que surgiu apenas na segunda parte e depois acabaram por ceder um bocadinho mais de espaços mas conseguimos também criar mais oportunidades".
Se o terreno neutro pode tirar capacidade à equipa: "Se fôssemos nós a estar na situação deles, jogar em Braga ou não jogar não é a mesma coisa, ainda que em termos de compromisso ele tenha de ser o mesmo e não pode haver diferenças. Agora, jogar com o estádio cheio ou não isso sim é diferente. É sempre bom para qualquer jogador jogar com o estádio cheio. Se fosse numa situação inversa, o que ia pedir era que tudo fosse igual a nível de atitude e compromisso de jogo".
Se conta com Banza e André Horta: "Já sabemos como funciona o mercado, podem mexer, podem não mexer. São jogadores que fazem parte do plantel e com quem com eles"
Se gostava de ter André Horta no plantel: "Não se trata de se impor ou não como titular. Conhecemos perfeitamente as qualidades que ele tem, são facilmente identificáveis, sobretudo na qualidade de jogo e de organizar o jogo. Obviamente que qualquer treinador gostaria e no meu caso gosto de contar com as suas qualidades. Obviamente que as situações de mercado são imprevisíveis muitas vezes, a partir do momento em que começamos a pré-época, ele faz parte do plantel e parte do mesmo nível de partida em relação aos outros".