Da saída do Benfica ao arroz de grelos com Pinto da Costa: os destaques do livro de Maniche
Nuno Ribeiro queria jogar futebol e foi para o Benfica. Puseram-lhe uma alcunha e trataram-no bem até um dia. Descobriu a felicidade no Dragão.
Corpo do artigo
"Maniche 18, as histórias (ainda) não contadas" é o título da biografia do antigo jogador internacional, que hoje será distribuída nas livrarias e que tem apresentação marcada para os dias 8 e 9 do próximo mês. É uma viagem que vale a pena fazer pela carreira de um dos mais criativos futebolistas portugueses, que se notabilizou no FC Porto depois de um início profissional algo atribulado no Benfica, e no livro estão bem acentuadas as críticas a Luís Filipe Vieira.
O livro, escrito por Tiago Guadalupe, conta histórias da vida do jogador experienciadas ao longo da sua carreira, mais alegres do que tristes, como o próprio jogador fez questão de afirmar, em declarações a O JOGO: "Era um projeto que me faltava cumprir e que me deixa muito orgulhoso."
Nesta viagem participam nomes que estiveram ao lado do jogador, que acompanharam o seu crescimento, que viveram com ele grandes momentos, a começar pelo presidente dos dragões. "Não há dúvidas de que era um jogador à Porto, porque nunca desistia de uma jogada, acreditava sempre mesmo que estivesse a perder", escreve Pinto da Costa no testemunho que dá para este livro, onde não faltam outras mensagens, de antigos companheiros do craque português, de Jorge Costa a Vítor Baía, passando por Deco, Cristiano Ronaldo e Rio Ferdinand, e que tem posfácio de Gianni Infantino, presidente da FIFA. Quanto ao prefácio, só podia ser de uma pessoa: José Mourinho, o treinador que mais nele acreditou e que marcou a vida de Maniche desde os primórdios da sua carreira.
Escreve o treinador português: "Conheci um miúdo rebelde em 2000. Em 2004 era um dos melhores médios do mundo. Porquê? Simplesmente porque nunca deixou de ser rebelde, espontâneo, genuíno e a sua humildade abriu-o para o conhecimento e a interpretação do jogo. (...) Foi um dos jogadores mais marcantes de uma geração."
Maniche afirma-se contente por ter testemunhos tão marcantes no seu livro. "Tenho o melhor presidente do mundo, o melhor treinador, o melhor jogador, o melhor empresário do mundo", diz, referindo-se aos testemunhos de Pinto da Costa, José Mourinho, Cristiano Ronaldo e, claro, Jorge Mendes, a quem dedica um capítulo muito especial nesta biografia. "É a história de uma vida e creio que pode ser um bom exemplo para os jovens praticantes de futebol, que mesmo que saiam de um bairro social, podem chegar longe na carreira como eu cheguei, desde que sejam trabalhadores, humildes e que tenham sorte também. E qualidade, obviamente", afirma o ex-futebolista.
Deco acrescenta no livro uma nota muito importante: a paixão pelo jogo. E fala da experiência que foi jogar com Maniche, um jogador com paixão.
O JOGO já tem em mãos a obra que vai para as bancas esta quinta-feira, editada pela Prime Books, e acreditem: vale mesmo a pena fazer esta viagem pela carreira de Maniche. Por isso deixamos aqui ao lado uma espécie de aperitivo sobre as pérolas que podem ser encontradas neste conjunto de histórias de vida.
Os destaques do livro "Maniche 18, as histórias (ainda) não contadas":
- Luís Filipe Vieira é o único culpado pela saída do Benfica
- Para renovar com o Benfica, tinha de mudar de empresário
- No Celta de Vigo-Benfica dos 7-0, ao intervalo Heynckes mandou os jogadores tirar as camisolas e deitá-las no chão. Sem olhar para eles, falou com... elas
- Detesta arroz de grelos, mas comeu em casa de Pinto da Costa no dia em que assinou contrato
- Não foi Mourinho quem rasgou a camisola de Rui Jorge em Alvalade: foi Costinha
- Jorge Costa recebeu-o assim: "Pela primeira vez vais ser campeão na tua vida"