Polícia vigiada por claques e mais de mil suspeitos de roubo, extorsão e tráfico de droga
Reportagem do jornal Expresso aponta números e conta o que sucedeu na manhã de 15 de maio, dia da invasão a Alcochete por membros da Juve Leo
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Há mais de mil membros das claques de futebol em Portugal suspeitos de crimes de roubo, extorsão ou tráfico de droga, números e factos avançados pelo semanário Expresso este sábado. Contas feitas, é cerca de 25 por cento dos adeptos registados pelas principais claques portuguesas. Na realidade, as autoridades acreditam que as claques agrupam em Portugal cerca de 18 mil adeptos.
Na notícia do semanário, as claques do Sporting e Benfica, Juve Leo e No Name Boys, respetivamente, "estão no topo da lista negra das polícias e integram mais de 500 suspeitos de crime, metade do total nacional. Já os Super Dragões têm menos de 100 elementos sob investigação", lê-se.
"Foram detidos 157 adeptos e identificados perto de 500, quase todos em jogos de futebol; há pelo menos meia centena de adeptos interditos de entrar em estádios", refere o jornal que aponta ainda para mais dois números: 3.253 casos de violência e apreensão de tochas e verylights, mais de 500 do que na época anterior.
A reportagem do Expresso revela ainda um exemplo que aponta no sentido de que as claques vigiam igualmente a polícia. "A vigilância da Juventude Leonina às movimentações da polícia na manhã de 15 de maio revelou-se decisiva para a invasão a Alcochete", refere, dando como exemplo a presença de elementos da claque junto da GNR do Alcochete e do Lidl do Montijo "para controlar a bófia". Garante o jornal que a "tática" é usada por outras grupos de adeptos.