Francisco José Carvalho, presidente da sociedade, está preocupado com a crise provocada pelo coronavírus
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Com a paragem dos campeonatos, o Chaves, tal como os restantes clubes, vive momentos de incerteza quanto ao futuro imediato do futebol. Francisco José Carvalho, presidente da SAD flaviense e filho do investidor Francisco Carvalho, explicou a O JOGO a pressão criada pelo quadro provocado pela crise pandémica e admitiu cortes nos vencimentos.
"Claro que a situação é preocupante, pois, para além de tudo o resto, há o problema dos salários e, sem receitas normais, ainda é mais complicado. Os patrocinadores não investem, não há receitas de bilheteira, os sócios não pagam quotas e as operadoras televisivas também não liquidam o acordado, o que complica a nossa tarefa. Terá de haver redução nos salários", afirmou.
A forma de lidar com os problemas que o coronavírus deixar depende muito, segundo Francisco José Carvalho, das decisões que forem adotadas pela Liga e pela Federação Portuguesa de Futebol (já que o Chaves tem equipa-satélite, a competir no Campeonato de Portugal) em relação aos campeonatos "Estamos na expectativa e a aguardar uma diretiva superior, de bom senso, pois achamos que terá de haver mudanças, se calhar bastante significativas, pois julgo que a gestão do futebol, e não só, jamais será igual", comentou o dirigente, que tem gerido a sociedade à distância, com recurso às novas tecnologias, pois reside em Lisboa.
Quanto ao presente, e estando na altura do pagamento dos salários do mês de março, Francisco José Carvalho repetiu a possibilidade de ajustar salários e falou igualmente na hipótese de avançar para "lay-off". "Até ao próximo dia 6 [amanhã], julgo que já haverá a tal diretiva emanada pelas instâncias superiores do futebol quanto às condições salariais, incluindo a possibilidade da adesão ao "lay-off" ou até à redução dos salários." Isto, claro está, no caso de a competição não "regressar nos próximos dias". O Chaves está no 12.º lugar da II Liga, a 16 pontos da zona de subida, onde está o Farense, no segundo posto.
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