Contas feitas e o FC Porto tem os reforços mais rentáveis do mercado de janeiro
A importância das caras novas de Inverno contrasta com a época passada. Só Loum, o último a chegar, ainda não jogou, mas está para breve. O JOGO fez a comparação com as outras equipas da I Liga.
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Foi ao Dragão que chegaram os reforços mais rentáveis do mercado de janeiro. Pepe e Fernando Andrade são os que têm mais encontros efetuados, o central o que soma mais tempo de utilização, o avançado que leva mais ações decisivas (golos, assistências ou penáltis conquistados), Manafá já desbloqueou um par de jogos como lateral-direito e prepara-se agora para render Alex Telles à esquerda. Só Loum, anunciado em cima do fecho daquela janela de transferências, ainda procura os primeiros minutos, mas eles até poderão surgir contra a equipa que o emprestou ao FC Porto. O internacional senegalês, contudo, foi contratado numa perspetiva de futuro e como medida de segurança para uma eventual ausência prolongada de Danilo.
Vitória em Braga prova utilidade dos últimos a chegar ao Dragão. Pepe e Fernando lideram rankings de utilização e Manafá já jogou na direita e na esquerda
A utilidade dos três já utilizados por Conceição foi mais uma vez confirmada na deslocação a Braga, onde o treinador se socorreu deles e acabou por arrancar uma vitória a ferros. Manafá entrou com o FC Porto em desvantagem e Fernando Andrade sofreu a grande penalidade que esteve na origem do 3-2 final. Uma situação já vista com a Roma, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, na qual o ex-Santa Clara também saiu do banco para ajudar a resolver uma eliminatória que contou também com Pepe. Aliás, é o facto de ambos terem participado nestes dois jogos da Champions, bem como na final-four da Taça da Liga, que lhes permite chegar a esta fase como os mais usados. Com exceção de Sporting e Benfica (foram tidos em conta os quatro ex-bês anunciados oficialmente pelo clube como tal a 1 de fevereiro), que tiveram um calendário semelhante, todos os outros reforços limitaram-se a jogar na Liga. O Braga, recorde-se, não entra nestas contas, já que foi o único clube da I Liga que não contratou em janeiro.
O peso de Pepe, Fernando Andrade e Manafá ganha importância suplementar quando comparado com o sucedido na temporada passada. Sérgio Conceição viu entrar no plantel exatamente o mesmo número de reforços, mas a utilidade que lhes deu foi muito diferente. Gonçalo Paciência, ainda apareceu em 12 jogos das mais variadas competições, mas os 255 minutos que somou nem sequer se comparam aos que Manafá leva (432") com menos aparições (oito). Waris ficou-se pelos 231", Paulinho e Osório não passaram dos 126" e 72" respetivamente. De resto, já nenhum faz parte do plantel.
Nos outros clubes, destaque para o Chaves, cujas ações em janeiro visaram a substituição de indiscutíveis que partiram (Marcão ou Eustáquio). Assim se explica que os flavienses deem tanto uso aos reforços, nomeadamente a Singh, Campi e Rúben Macedo (cedido pelos dragões). Rashidov, do Nacional, e Ferro, do Benfica, sobressaem pelos golos marcados, enquanto Rosic (Nacional) e Rúben Semedo (Rio Ave) se assumiram como esteios defensivos dos respetivos emblemas.
Loum pode estrear-se contra o antigo clube
Contratado no mercado de inverno, depois de meio ano emprestado pelo Braga ao Moreirense, Loum ainda não jogou pelo FC Porto, mas a estreia deve acontecer na terça-feira. Essa possibilidade foi avançada por Sérgio Conceição, na conferência de Imprensa de sexta-feira. "Ainda não foi utilizado, e [no campeonato] também não pode por causa do acordo [de empréstimo], mas na Taça de Portugal já será diferente", revelou o treinador do FC Porto. O médio senegalês não foi convocado para o jogo de sábado, na Pedreira, tendo em conta que chegou ao Dragão na condição de emprestado pelo Braga. Na Taça de Portugal os regulamentos são diferentes e permitem a um jogador emprestado defrontar o clube ao qual está contratualmente ligado.