Conceição relativiza efeito do clássico: "Não é qualquer vitória que nos dá confiança, mas sim o trabalho diário"
Declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em conferência de antevisão ao jogo com o anfitrião Paços de Ferreira (domingo, às 18 horas), referente à 25.ª jornada da Liga Bwin
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Evanilson descrito como jogador refinado: "Olho para vários momentos dele, principalmente quando ele esta fora da área. Olho para a ligação que ele provoca em constantes movimentos de apoio, explora bem as costas da defesa adversária. Assim como o Toni Martinez, deu excelente resposta. No último jogo, ganhou a um dos jogadores mais fortes no jogo aéreo, como é o Coates, em duelos no ar. Provoca muito desgaste na linha defensiva adversária. Cada um com as suas características. Depende do que pretendemos para o jogo. Estou muito satisfeito com os três [Evanilson, Toni Martinez e Taremi]. Podemos pedir tudo e mais alguma coisa, mas se não trabalhamos, os jogadores ficam com moral para dizer 'mister, nós não trabalhámos isso'. Há que trabalhar situações diferentes para eles ficarem jogadores mais completos e a equipa mais forte."
Vitória sobre Sporting foi importante para afastar nuvens após empate com Gil Vicente: "É normal o discurso de jogadores sobre dar mais confiança, mas não é por aí. Não são as vitórias que nos têm que dar confiança. Trabalhar sobre vitórias é sempre importante, perante rivais fortes e competitivos. A eliminatória [com o Sporting] ainda não acabou. Não é qualquer vitória que nos pode dar confiança, mas sim o trabalho diário. Essas vitórias devem originar títulos. É isso que deve acontecer. Trabalhamos para ter confiança diariamente e conseguir um resultado positivo. As vitórias acontecem porque se trabalha bem. Sem títulos, não têm significado."
Mais confiante para o último terço da época e lutar pelas três frentes: "Podemos sempre lutar pelas vitórias. Nunca me ouviram dizer que não íamos lutar, mesmo depois de terem saído três jogadores importantes. Já falei sobre a importância de terem saído jogadores importantes nos últimos anos e de eles terem ajudado a conquistar títulos. A partir do momento em que saíram, não há nada a fazer. Ficamos menos fortes, no sentido de serem três jogadores importantes? Toda a gente... Não é preciso estar aqui a dizer nada. Agora, entrámos para algum treino para não trabalhar no máximo? Entramos para algum momento para não andar no limite? Não. Entramos em algum jogo para não ganhar? Não. Queremos ganhar sempre. Sempre. E é uma azia dos diabos quando isso não acontece. E já nem pensamos nos jogadores que foram. Pensamos nos que cá estão e no trabalho que temos de fazer."