Conceição e a motivação: "Era miúdo e jogava na estrada sem sapatilhas"

Análise ao jogo: "O principal objetivo de cada um dos jogadores tem de ser representar este clube da melhor forma a cada dia. Falo de uma grande ambição, empenho, determinação. Isso está. Mas depois acho que entrámos no jogo algo se brilho, sem prazer no jogo. Quando assim é, quando não associamos tudo o que fazemos com o prazer e a paixão, fica mais difícil para mim entender o que fazemos. Acho que faltou um bocadinho, nos primeiros 15 minutos, desse brilho. Depois tivemos o golo, a expulsão, e as incidências do jogo foram ao encontro do que queríamos. Mas acho que podemos e devemos entrar no jogo de outra forma. Mas os jogadores deram o seu melhor, foram profissionais, sem dúvida. Mas quando entramos com alegria, prazer, as coisas ficam mais fáceis e tornamos a tarefa mais fácil, conseguimos desbloquear o jogo com mais facilidade."

Os jogadores, hoje em dia, não é só no FC Porto... parece que é uma daquelas profissões como trabalhar nas obras. Não é. Somos abençoados

Motivação numa altura em que FC Porto já não pode ser campeão: "Eu joguei, tive lá dentro. Quando era miúdo jogava na estrada sem sapatilhas. Tive as minhas primeiras sapatilhas aos 13 anos. Com os meus filhos e os meus amigos, em casa, mesmo com o joelho já em grande dificuldade, sou competitivo, quero ganhar. Tenho gosto. E os jogadores, hoje em dia, não é só no FC Porto... parece que é uma daquelas profissões como trabalhar nas obras. Não é. Somos abençoados, fazemos o que gostamos, o que muitos gostavam de fazer, mas não podem. Temos de aproveitar mais isso. Independentemente do que está em jogo - já não podemos ganhar o campeonato -, há sempre o representar um clube como o FC Porto. Tem de haver paixãi pelo jogo e pelo futebol."