ENREVISTA - Vindo do Nordsjaelland (Dinamarca), Mumin é um dos icebergues da segunda defesa menos batida do campeonato, fora de casa. O Vitória conta desta vez com o central como trunfo para o dérbi minhoto
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Entre os adeptos do V. Guimaães, aumenta a convicção de que o vazio deixado por Tapsoba (transferido por 18 milhões de euros para o Bayer Leverkusen) está por fim preenchido. Em entrevista a O JOGO, Abdul Mumin assume as comparações como um saudável desafio e até promete melhorar.
"[Tapsoba] tem uma relação ótima com a bola, está sempre confortável. Temos algumas semelhanças"
É muita responsabilidade ser já alvo de comparações com Tapsoba , a maior venda da história do clube?
-Admiro muito o Tapsoba. Encaro isso como uma motivação, num sentido positivo. Vamos ver o que me reserva o futuro. Essa comparação não funciona como pressão, dá-me antes grande vontade para trabalhar, a ver se atinjo um nível semelhante.
Acha que tem de facto parecenças com esse central?
-Assisti a alguns jogos dele na Bundesliga. É um jogador que tem uma relação ótima com a bola, está sempre confortável. Julgo que também serei assim, temos algumas semelhanças.
Que outros defesas tem como referências?
-Estou sempre atento aos melhores, observo-os e tento aprender com eles. Não sigo ninguém em particular. Tento retirar o melhor de cada um, a forma como passam a bola, como comunicam com os companheiros. Não tenho referências, olho para todos.
Na primeira volta do campeonato, não alinhou contra o Braga por ter testado positivo à covid-19. Estando agora disponível, o adversário vai deparar-se com um Vitória mais robusto?
-Comigo ou não, o grupo é sempre forte. Estamos sempre bem e confortáveis em campo, independentemente de quem joga. Em relação ao início da época, direi antes que nesta altura o entendimento entre todos é muito melhor. Temos mais química, estamos mais ligados, daí estarmos mais fortes.
O V. Guimarães continua a ser a segunda equipa com menos golos sofridos fora de casa na liga e só tem uma derrota nessa condição. Essa consistência defensiva permitirá um bom resultado no dérbi, em Braga?
-Estamos a trabalhar afincadamente para conseguir um bom resultado em Braga e, naturalmente, essa consistência defensiva ajuda. Trata-se de um dos jogos mais importantes da época e daremos o nosso melhor em campo. Aliás, isso é a regra desta equipa em qualquer partida.
Sem Paulinho, o ataque do Braga é menos feroz?
-É um aspeto a considerar, mas estamos mais concentrados no nosso jogo. O que nos importa é chegar primeiro à vantagem, marcar golos. Não nos interessa muito quem são os melhores jogadores do Braga, queremos simplesmente ganhar o jogo.
Por que razão o Vitória sofre menos golos fora de casa do que quando joga em Guimarães?
-É uma bela questão e, honestamente, não encontro resposta para isso. Vamos para todos os jogos com o mesmo objetivo e, por vezes, cometemos erros. É difícil explicar por que razão sofremos mais em casa do que fora.
Após a derrota em Paços de Ferreira, o presidente Miguel Pinto Lisboa exigiu uma resposta imediata e a equipa venceu o Boavista. Essa pressão ainda servirá de combustível para o dérbi, em Braga?
-Não direi que passámos a estar sob pressão, porque essa pressão já existia e é permanente. Temos sempre a obrigação de ganhar. Partimos para cada jogo a pensar somente na conquista dos três pontos, com grande motivação e dando o melhor.
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