Manchester City perdeu a corrida na última curva para o clube espanhol, que até já enviou para a Luz as garantias bancárias.
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Está feito: João Félix vai ser jogador do Atlético de Madrid na próxima época, devendo assinar um contrato válido por cinco temporadas que lhe permitirá auferir seis milhões de euros, livres de impostos, por cada ano de ligação, o que dá um total de encaixe de 30 milhões, que superou a preferência que o jovem tinha por jogar em Inglaterra e não no Atlético.
Tudo ficou acertado durante o dia de ontem, com os colchoneros a informarem os seus homólogos da Luz da decisão de acionar a cláusula de rescisão do jovem de 19 anos, cifrada em 120 milhões de euros, tendo até enviado de imediato as garantias bancárias que sustentam o pagamento da transferência milionária.
Manchester City oferecia 100 milhões de euros e ainda cedia o avançado por um ano
O processo ficou selado durante a tarde de ontem, com a presença do jogador e do empresário Jorge Mendes em Madrid, onde acertaram os termos de um contrato que deu a volta ao rumo que estava encaminhado para outras paragens, salvo um contra-ataque de última hora.
Ao que apurámos, até à noite de anteontem era o Manchester City que estava praticamente com o negócio selado, tendo feito chegar à SAD a disponibilidade para pagar cem milhões de euros a pronto pagamento, menos 20 que o valor da cláusula de rescisão, mas com um bónus: os citizens deixavam João Félix no Benfica durante mais uma temporada e suportavam ainda uma parte de leão do novo salário, que ascenderia a verbas a rondar os cinco milhões por ano.
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A disponibilidade do emblema treinado por Pep Guardiola agradava mais na Luz do que as investidas do United, por valores semelhantes mas sem empréstimo, e do Atlético de Madrid. Os colchoneros, segundo apurámos, ofereceram como melhor proposta económica 60 milhões de euros, mais 20 por objetivos, ou então a inclusão de jogadores como Ángel Correa ou Kalinic no negócio. E não voltaram a chegar-se à frente até... ontem.
Convocados o jogador e Jorge Mendes a Madrid, o acordo foi selado e o Benfica imediatamente informado do depósito, em forma de garantias bancárias, dos 120 milhões de euros - valor que supera em dobro o recorde nacional, de Hulk, por 60 milhões - que serão pagos em nome do jovem dianteiro.
Águias vão procurar agora um substituto com características semelhantes às do camisola 79
A informação circulou a toda a velocidade nos órgãos de comunicação espanhóis e o Benfica apressou-se a emitir uma nota sobre o processo, esclarecendo ser "falso que esteja neste momento em curso qualquer processo negocial a propósito de uma eventual transferência do jogador João Félix", reafirmando que "as condições para a sua negociação são públicas e de todos conhecidas, tendo em conta a cláusula de rescisão definida no valor de 120 milhões de euros".
De facto, não houve negociação entre clubes: o Atlético de Madrid limitou-se a cumprir a formalidade e a corresponder ao interesse manifestado dia 1 de junho pelo diretor executivo dos colchoneros, Gil Marín, de viva voz a Luís Filipe Vieira - que ontem estava em Madrid a fechar Raúl de Tomás -, na final da Champions.
A venda de João Félix, o mais caro jogador contratado pelo Atlético, superando os 70 milhões de euros pagos por Lemar ao Mónaco no último verão, deverá ser oficializada nas próximas horas, tanto por cá, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, como em Espanha, com a informação oficial sobre a assinatura de contrato. E com o encaixe, o Benfica irá agora procurar um substituto para o ataque. Mesmo com Raúl de Tomás, do Real Madrid, a caminho da Luz, os encarnados vão atacar o mercado por mais uma arma com características semelhantes às de Félix.
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