Daniel Podence, jogador do Sporting, recorda o dia do Ataque à Academia e os meses que o sucederam.
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Decorre esta quinta-feira a 12.ª sessão de julgamento do processo do Ataque à Academia do Sporting. De manhã foi ouvido Virgílio Abreu, médico dos leões, enquanto o antigo jogador Daniel Podence testemunha da parte da tarde.
"Deram com um cinto na cara do Misic, que estava ao pé de mim. O Acuña estava sentado e deram-lhe chapadas e socos na cabeça. O Battaglia a mesma coisa. Eram 4 ou 3 para 1", recordou o agora jogador do Olympiacos.
"A tocha fez muito fumo. Custava a respirar, ouviam-se gritos e o alarme de incêndio... Parecia uma zona de guerra. Um ou outro [invasor] ficaram à porta do balneário a vigiar. Dos que vi entrar, todos bateram em alguém. Passou-me pela cabeça fugir, mas tive receio de ser cercado e apanhar mais. A mim só me empurraram para trás", continuou.
"Tive receio de tudo. De levar com o cinto na cara, socos ou com um taco. Nem estávamos preocupados com domingo. Queria era safar-me daquela situação. O receio durou três ou quatro meses. Sempre que me tocavam à porta ia à janela ver quem era", disse ainda Podence.
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