
Casillas afastado dos relvados desde que sofreu um enfarte
Miguel Pereira/Global Imagens
Iker Casillas recordou este sábado a chegada a Portugal para representar o FC Porto e também falou sobre o futuro.
Adaptação: "Foi difícil. Estive muito tempo no mesmo clube e cidade. Mudar de país é complicado. Tive de me adaptar também aos estádios, que são mais pequenos. Lembro-me de jogar com o Arouca e o Moreirense... No segundo ano, foi bastante bom a nível pessoal, mas faltou o campeonato, estivemos até fim, mas pecámos por inexperiência. A mão do Sérgio Conceição foi muito importante, deu a energia que o clube precisava, até nas conferências de Imprensa mostrava o seu caráter e isso contagiou-nos. Na época passada, tenho menos memórias devido ao que me aconteceu. Perder nos penáltis nas finais foi duro. Agora, é recuperar e estar o melhor possível. Em 13/14 dias cumpre-se um ano do enfarte e espero que o médico me diga que estou 100 por cento recuperado".
Ainda pensa em regressar ou jogar? "Há que ser realista A saúde é o mais importante, é estar bem. Quando aconteceu o enfarte estive um mês com medo de caminhar, de dormir, de fazer qualquer exercício. Agora, não. Estou forte, melhor do que antes, mas também tenho umas medicações que fazem com que esteja bem. Isso é que o médico tem de dizer, se tenho de manter ou deixar. O que mudou? Na cabeça. Pensas mais, dás mais valor aos teus momentos".
NÃO SAIA DE CASA, LEIA O JOGO NO E-PAPER. CUIDE DE SI, CUIDE DE TODOS
Memórias de 2017/18: "Era o meu jogo mil. Foi um momento difícil. Estávamos a fazer uma boa temporada. Lutávamos pelas meias-finais da Taça, tínhamos perdido a meia-final da Taça da Liga nos penáltis. A época corria bem, tivemos seis pontos sobre o Benfica e em dois jogos, primeiro Paços e depois Belenenses, perdemos essa vantagem. Esse relaxamento, perda de ambição com a vantagem... Depois desse jogo estava tão triste e dorido, foi duro, estivemos duas horas e meia no balneário. Comecei a falar, foi algo natural das sensações que tínhamos. Se não acreditássemos, se não tivéssemos ambição, não seriamos recordados depois da época. O mérito foi de todos, falámos todos, depois conseguimos encontrar o caminho para conquistar o campeonato. E todos fomos importantes. Era uma sensação de impotência, numa semana perdemos o crédito que tínhamos".
