Finalista nas últimas edições da Taça da Liga, o Braga procura esta quinta-feira, no Bessa, qualificar-se para a final four que se disputa em janeiro em Leiria. Para o conseguir terá que derrotar o Boavista, líder do grupo C com três pontos - vitória em Paços de Ferreira -, enquanto a equipa de Carvalhal tem um ponto, resultado do empate caseiro com os pacenses.
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"Este apuramento decide-se em dois jogos. Ficámos reduzidos com o Paços muito cedo. Em função da vitória do Boavista no Paços havia sempre a necessidade, ou por percentagem elevada, de termos de vencer no Bessa. O que estamos a projetar para este jogo é que só há um resultado que nos interessa, a vitória", começou por dizer Carlos Carvalhal na conferência de antevisão do jogo com o Boavista.
Segredo para alcançar a vitória: "Para conseguir a vitória não é preciso um ataque avassalador, teremos de ser equilibrados com vocação ofensiva e a procurar a baliza. Vamos com tudo para o Bessa para atingir a final four, percebendo que vamos ter um adversário incómodo, que cria problema aos adversários em casa. Teremos de trabalhar para passar essas dificuldades e explorar as debilidades do Boavista, vamos tentar explorá-las ao máximo."
Comparação com o jogo do campeonato (empate a dois golos em Braga): "Empatámos, merecíamos muito mais. Fizemos um jogo muito bom, fomos extremamente infelizes da forma como consentimos os golos. Uma exibição segura, muito boa, merecíamos muito mais que isso. Este jogo tem características de final. Abre o contador para duas equipas que querem ganhar, o que fizeram antes conta zero. Este jogo só se joga a partir do momento que o árbitro apitar. Vamos ter de estar ao nosso melhor nível e com muito respeito pelo Boavista."
Petit disse que era acusado de caceteiro, mas para chegar ao mais alto nível também tinha de ter alguma qualidade. De que Boavista está à espera? Uma equipa caceteira e agressiva?
"Não, não é. Equipas agressivas não têm de ser caceteiras. Somos agressivos e não damos cacete a ninguém. Não tem relação direta. É provocar o erro. Há árbitros e regras, ninguém as pode ultrapassar ou pisar. Dentro da linha do que tem sido desde o inicio do ano. Agressiva, transita bem, defende bem, com pontos fortes e debilidades. Estamos mais focados nessas debilidades e também nos pontos fortes para os esconder."
Os índices físicos estão "péssimos" como referiu antes do jogo com o FC Porto?
"A pergunta foi feita após 48 horas do último jogo. Todos os jogadores têm índices péssimos naquela altura. Passadas 24 horas, sabemos que há uns que fazem uma recuperação estável e outros não. O Ricardo Horta e o Musrati recuperem bem três dias, mas isso já não se coloca, por exemplo, no Sequeira ou no Raul. Ao quarto dia esta questão [índices físicos] já não se coloca. E isto não se coloca quando se joga em igualdade de circunstâncias. Há tempo para preparar o jogo e vamos com tudo para chegar à final-four".
Além de Diogo Leite, impedido de jogar no Dragão por estar emprestado pelo FC Porto, já conta com Raul Silva? "Raul não jogou porque tem dificuldades de recuperar em três dias. Está dentro das opções. Não recupera neste pequeno espaço de tempo."
Ajustar o Braga às expectativas
"Falámos das expetativas no início de época. Falei com o presidente e alertei para algum cuidado. O presidente disse que o Braga mantém a linha do que tem feito nos últimos anos. Queremos ganhar o maior número de jogos, tentar ganhar títulos, claro, e o quarto lugar será sempre o serviço mínimo. A grande diferença estará na maior afirmação de Benfica, FC Porto e Sporting e não tanto de uma continuidade pontual do Braga. Estas análises terão de ser feitas para ajustar o Braga às expetativas, até para não frustrar as expetativas e afirmação dos nossos jovens e criar condições para que tenham um palco de afirmação positivo".