Treinador do Braga quer fazer do êxito europeu uma rampa de lançamento para o campeonato e mostra-se agradado com o rendimento defensivo e ofensivo
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Regresso à Liga após êxito europeu: "Costumo dizer aos meus jogadores que temos de virar a página quando passámos de uma competição para outra, mas neste caso já lhes disse que é para continuarmos na mesma página. Ter continuidade em termos de atitude e de compromisso é a grande aposta, algo que não é fácil. Em relação à parte física, a equipa fez 120 minutos e tenho de arranjar soluções e não desculpas para contornar essa situação, isto perante um adversário que, em termos de jogo, é das melhores equipas da Liga. Temos de estar no nosso máximo para vencer."
Avaliação ao Santa Clara: "É uma equipa com bons executantes, com uma ideia consolidada de jogo, que raramente se altera. Depois, tem jogadores com muita paciência, que têm a bola no pé durante muito tempo, algo que não se vê muito. É esse Santa Clara que esperamos, a sair de trás e a jogar o jogo pelo jogo."
Desafio da continuidade de resultados positivos: "Estamos a trabalhar nisso, sabendo que pode haver uma oscilação ou outra. Podemos ver sempre o copo meio vazio ou meio cheio... Fico muito satisfeito e orgulhoso ao olhar para a estatística da Liga Europa e ver que a nossa equipa é a mais rematadora, algo absolutamente fantástico. Além disso, estamos a um jogo de igualar o registo de 'clean sheets' [jogo sem golos sofridos] da época passada, um dado positivo e importante."
Momento de Abel Ruiz: "É um processo natural de um jogador que apenas tem 21 anos; não deixa de ser um miúdo. As pessoas têm expectativas e sentimentos e por vezes há uma perda de confiança, é normal. Mas não deixamos cair ninguém. Considero-o um titular, mesmo que não jogue sempre; o Abel tem a nossa confiança. Os jogadores têm fases de maturação e de oscilações. Estamos a fazer tudo para o puxar para cima."
Dinâmica entre Ricardo Horta e Iuri Medeiros: "Podem e devem assumir a responsabilidade de puxarem pela equipa . Foi-lhes criada essa responsabilidade. Não senti tanta necessidade de falar com o Ricardo, que é o capitão, mas abordei o assunto com o Iuri. Nestas alturas, têm que se assumir mais, dando o melhor para a equipa, sendo a representação da regularidade coletiva. O Iuri com capacidade de remate, definição e passe e o Ricardo por tudo, pela velocidade, atitude, golos e inteligência. São jogadores importantes. Aliás, no treino até brinquei com o Ricardo, porque era o jogador mais velho que estava presente; ele até disse que tinha cortado a barba para parecer mais novo."
Crescimento da equipa: "A inexperiência já nos custou pontos esta época, mas cada vez mais os jogadores erram menos. A equipa está a ficar mais madura e tanto o regresso do Carmo como, por exemplo, o crescimento do Buta ajudam a melhorar o rendimento."
Mónaco no caminho europeu: "Sei tudo sobre o Santa Clara e o foco, por enquanto, é esse. Pouco olhei para o Mónaco, que é uma equipa boa, embora não tenha ainda um conhecimento aprofundado. Mais tarde saberemos tudo. É uma eliminatória de 50/50. Nesta fase da competição todos os adversários são fortes e competentes."