Redescobre cantos da casa, passa horas a analisar tudo sobre o plantel e a olhar para a formação
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Não mudou muito o funcionamento do Benfica Campus deste que Bruno Lage deixou os quadros benfiquista em 2020, mas o treinador que sucedeu a Roger Schmidt não quer deixar nenhum pormenor por analisar e, nesse sentido, não olha para o relógio para contabilizar as horas de trabalho que tem acumulado neste regresso, tendo passado mais de 12 horas em cada dia no Seixal.
E se os jogadores tiveram direito a uma pequena pausa, tendo voltado na terça-feira aos treinos, Bruno Lage nem parou. Ele que vinha a trabalhar apenas com sete elementos do plantel principal, após Di María ter-se juntado a Florentino, Renato Sanches, Rollheiser, Prestianni, Schjelderup e Arthur Cabral, recrutando mais de uma dezena de jovens à equipa B para compensar as ausências dos internacionais. Mas não se esgota no treino o dia de trabalho do técnico de 48 anos no centro de estágio.
Com o objetivo de “ganhar e jogar bem”, como prometeu na apresentação, Bruno Lage procura recolher todo o tipo de informação disponível para potenciar o sucesso. Por enquanto, não tendo todo o plantel à sua disposição, a sua preocupação na mudança de rotinas de treino e de gestão do plantel ainda não é o centro das atenções, muito menos questões relacionadas com posicionamentos táticos ou escolhas estratégicas para encaixar no futuro onze.
Além da parte de preparar treinos e de avaliar ao detalhe dados estatísticos, médicos e físicos de todo o plantel, o técnico setubalense tem tido reuniões com elementos de vários departamentos do Benfica Campus. Lage procura redescobrir modos de funcionamento e distribuição de funções, focando também a atenção na área da formação, enquanto espera pelo regresso do pelotão internacional, para preparar a (re)estreia, diante do Santa Clara.