Bruno Costa Carvalho volta a referir que quer Eriksson para ser "peça-chave" no Benfica
Bruno Costa Carvalho, assumido candidato à presidência do Benfica, explica que o cargo de diretor desportivo é fundamental e que quer Eriksson para desempenhar a função, se ganhar as eleições.
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Na sua página de Facebook, Bruno Costa Carvalho, assumido candidato à presidência do Benfica, voltou a falar da vontade em ter Sven-Goran Eriksson como diretor-desportivo dos encarnados.
Tal como tinha dito dias antes, o candidato à liderança do Benfica refere que o antigo treinador é o homem ideal para ocupar o cargo, por ser "uma figura carismática e aglutinadora do universo e cultura Benfiquistas, uma figura ímpar capaz de se sentir confortável nas múltiplas valências que lhe são exigidas - das mais gestionárias e estratégicas, àquelas mais ao nível do relvado, mais futebolísticas e técnicas" e também por ser alguém "perfeitamente integrado e identificado com o lema, raízes fundadoras e História do glorioso Sport Lisboa e Benfica".
Numa extensa publicação, Bruno Costa Carvalho enumera ainda as competências que acredita que um diretor desportivo deve ter.
Protagonista de duas passagens pela Luz, de 1982 a 1984 e de 1989 a 1992, Sven-Goran Eriksson conquistou três campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, além de ter conduzido o Benfica às finais da Taça da UEFA e da antiga Taça dos Campeões Europeus, perdidas para Anderlecht e Milan, respetivamente. Atualmente, o treinador, de 72 anos, está sem clube, após ter saído do comando da seleção das Filipinas.
Leia a mensagem na íntegra:
"APRESENTAÇÃO DO PROJECTO PARA O SLB
O BENFICA PRECISA DE UM GRANDE DIRECTOR DESPORTIVO
No futebol actual, cada mais vez mais exigente no ponto de vista do negócio, do espectáculo e das conquistas, a figura do Director Desportivo é peça-chave. Deverá ser alguém cujo conhecimento e acção deverão influenciar decisivamente o desempenho do clube nos compromissos que este assume.
Numa estrutura de futebol que se pretende moderna e profissional, o Director Desportivo é o elo entre todos os actores, departamentos e até os níveis hierárquicos. No entanto, há uma ligação que, do meu ponto de vista, deve ser mais sólida ainda, sobretudo a nível operacional, e que é aquela que se estabelece com o Departamento de Scouting. Há até alguns exemplos de sucesso no actual panorama europeu onde as duas funções se fundem.
Para além do papel que deverá assumir no dia-a-dia ao nível da implementação e apoio à gestão do plantel profissional, o Director Desportivo deverá ser o responsável pela definição, a montante, de um projecto futebolístico (dentro da dimensão mais estrutural e abrangente - estratégia do clube), com objectivos absolutamente definidos, com uma ideia/modelo de jogo também completamente definidos e articulados com a filosofia, estratégia do clube, e sua situação económica, fazendo a ponte com o projecto formativo.
Com estes aspectos todos aclarados, é possível, e cabe ao Director Desportivo delimitar um perfil de treinador, bem como perfis de jogadores (nas várias posições). Aqui a ligação com o scouting torna-se óbvia - não tanto com o treinador, porque esse pode não estar presente a médio prazo. No entanto, isso é compensado com o facto de, estando definido o perfil de treinador, mesmo que o clube o substitua, os riscos de disrupção e desenquadramento na escolha de jogadores serão mínimos.
Naturalmente que a parte de mediação entre a Direção e a equipa técnica é igualmente determinante para a consolidação de uma cultura de clube sólida e sustentável. A tarefa de construir o plantel e de traçar conjuntamente com a Direção as metas e objetivos da equipa são responsabilidades inalienáveis do Director Desportivo.
Passando do genérico para o específico da realidade do Sport Lisboa e Benfica, parece razoável e pacífico assumir-se que o clube deverá adoptar um modelo de jogo assente num futebol ofensivo, de posse, criativo e dominador, sobretudo ao nível daquilo que é o contexto interno. É, também, fundamental garantir desempenhos com grandes índices competitivos a nível internacional.
No Benfica que desejamos, que honre os princípios e valores do passado, mas que ambicione a glória e as vitórias do futuro, a experiência e agilidade com os agentes desportivos não pode ser descurada. Neste sentido, o Director Desportivo - até na sua relação com a restante estrutura profissional (equipa técnica e scouting) - tem de conhecer o jogo, tem de dominar as idiossincrasias do futebol português, tem de sentir o Benfica.
Para além dos conhecimentos técnicos alargados, também deverão existir características pessoais, humanas e de experiência, capacidade de liderança e de conciliação, bem como entendimento da componente emocional e motivacional subjacente aos agentes do futebol, sobretudo os jogadores, que são os principais.
No fundo, o Director Desportivo deverá ser uma figura carismática e aglutinadora do universo e cultura Benfiquistas, uma figura ímpar capaz de se sentir confortável nas múltiplas valências que lhe são exigidas - das mais gestionárias e estratégicas, àquelas mais ao nível do relvado, mais futebolísticas e técnicas.
Por fim, não menos importante, o escolhido passará sempre por alguém perfeitamente integrado e identificado com o lema, raízes fundadoras e História do glorioso Sport Lisboa e Benfica!
O nome do escolhido foi Sven-Goran Eriksson."