Braga ataca o VAR e lança questões: "Quem garante que não há jogo de interesses?"
Clube arsenalista volta a criticar o videoárbitro, com enfoque nos lances invalidades por alegada posição de fora de jogo.
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O Braga voltou esta terça-feira à carga sobre o sistema de videoárbitro (VAR), recordando o golo anulado a Ricardo Horta em Moreira de Cónegos num lance que seria anulado, de forma errada, por "deficiente calibragem das linhas de fora de jogo".
"Temos a certeza absoluta que ninguém terá problemas em afirmar que o golo que nos foi anulado em Moreira de Cónegos (o Ricardo Horta 'só' estava em jogo por 1,18 metros) deve provocar grande preocupação e até vergonha a todos os agentes do futebol em Portugal", referem os minhotos na newsletter do clube, na qual traçam as diferenças entra a utilização do VAR em Portugal e, por exemplo, na Premier League inglesa.
"O VAR deveria ser uma ferramenta de essencial auxílio à verdade desportiva, mas já por várias ocasiões mostrou ter uma intervenção tóxica no jogo. Desde logo, o respeito pelo protocolo. 'O árbitro poderá ser assistido por um vídeo árbitro (VAR) apenas em situações de claro e óbvio erro ou incidente grave não detetado', pode ler-se no protocolo do VAR. Talvez na ânsia da busca pela presença no palco mediático, há muitos VAR's que fazem uma interpretação abusiva e até absurda desta premissa. Ao contrário da Premier League, em que só há intervenção externa em situações claras e evidentes, em Portugal procura-se o erro no detalhe, sempre em busca do mínimo toque que, bem ou mal, evidente ou pouco claro, sustente uma grande penalidade ou uma expulsão", assinala o Braga, que lembra um lance específico no recente jogo com o FC Porto - "o absurdo fora de jogo mais uma vez mal tirado ao Ricardo Horta no jogo com o FC Porto, desta vez por mais de 15 metros" - e lança diversas questões:
"Quem nos garante que não voltará a acontecer algo idêntico no futuro? A credibilidade da empresa contratada externamente pelo Conselho de Arbitragem e que tem a responsabilidade de calibrar o sistema e de colocar as linhas de fora de jogo não estará fortemente colocada em causa? Quem garante a sua idoneidade? Quem garante que, em todo este processo de calibragem e colocação de pontos de referência, não há nenhum jogo de interesses?", remata o emblema arsenalista.