Carvalhal pede "discussão pedagógica", lembra lance e atira: "Se fosse com um dos grandes..."
Treinador do Braga não quis falar sobre a arbitragem do jogo com o FC Porto e vincou a necessidade de um "esclarecimento cabal".
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Questionado sobre a expulsão de Corona no Braga-FC Porto (2-2), Carlos Carvalhal optou por pedir uma "discussão pedagógica" no futebol português sobre arbitragem, lembrando o golo anulado ao Braga em Moreira de Cónegos, que foi anulado de forma errada devido a "deficiente calibragem técnica das linhas de fora de jogo", explicou mais tarde o Conselho de Arbitragem (CA).
"As pessoas sabem que nunca comento arbitragem, desde que estou aqui em Portugal fiz um comentário ao célebre Rio Ave-Gil Vicente, em que o Rio Ave foi eliminado da Taça da Liga. Foi a única vez que falei. Não falo de arbitragens. Se fôssemos a falar de arbitragens... Basta ver o que se passou no último jogo [do Braga] em Moreira de Cónegos. Acho que são exemplos que deviam ser estudados. O que aconteceu no Moreirense acho que merecia uma discussão, foi uma má calibragem, merecia uma reflexão. Eu não sei o que é uma calibragem. Sei que o golo foi validado e, depois, não houve calibragem e o golo foi anulado, sem calibragem e sem linhas [de fora de jogo]. Acho que merecia uma discussão", começou por referir Carvalhal, prosseguindo:
"Merecia um escalrecimento do CA, para que as coisas não passem assim, porque alguém meteu mal as linhas e já está. Não estava calibrado. Porquê? E porque é que a decisão foi que não era necessário o VAR? Estou a dizer isto no sentido pedagógico. Para que, daqui a um mês, daqui a dois meses, daqui a um ano, dois, três ou quatro, possamos perceber como as coisas funcionam. Acho que isto é muito pouco para ficarmos elucidados. Não estou a exercer pressão nem a comentar arbitragem. Só para perceber o que aconteceu ali [em Moreira de Cónegos]. Foi por ser o Braga? Se fosse um dos denominados grandes, tínhamos mês e meio de conversa sobre isto", acrescentou o técnico dos arsenalistas.