Almería anunciou que adquiriu a totalidade do passe e a SAD minhota divulgou que foi apenas metade.
Corpo do artigo
A transferência de Samuel Costa para o Almería, em moldes definitivos depois de uma época de empréstimo, está a suscitar diferentes interpretações dos clubes em relação aos direitos económicos do jogador, ou seja, a percentagem do passe.
13829131
Enquanto o Braga anunciou, de forma oficial, que o Almería acionou a opção de compra sobre o jogador e pagou 5,2 milhões de euros por metade do passe, o clube da segunda divisão espanhola lançou posteriormente um comunicado a dar conta de que acordou com os minhotos "a transferência definitiva de 100 por cento dos direitos económicos e federativos" de Samuel Costa "pelo valor de 5,2 milhões de euros", acrescentando ainda que o clube português "terá direito a uma futura percentagem por mais-valias".
Os espanhóis, além de dizerem que têm 100 por cento do passe, remetem para os minhotos apenas mais-valias no futuro. O Braga mantém que os 5,2 milhões só compraram metade dos direitos
O Braga, após contacto de O JOGO, manteve a versão que apresentou do negócio e remeteu para a informação que comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), tal como a que está obrigado por lei, isto é, os 5,2 milhões de euros pagos pelo Almería serviram para adquirir metade do passe, ficando os espanhóis com a opção de comprar mais 40 por cento dos direitos económicos do médio mediante o pagamento do valor adicional de seis milhões de euros, conservando, nesse caso, a sociedade desportiva arsenalista dez por cento do passe.
Esta divergência, ou interpretação diferente do negócio, tem naturalmente implicações em termos de verbas a distribuir pelo Almería e pelo Braga se Samuel Costa for entretanto transferido, como tem sido noticiado. O Wolverhampton, de Inglaterra, já foi apontado como possível destino do médio, num negócio que poderia chegar aos 25 milhões de euros. Após acionada a opção de compra por parte dos andaluzes, o jogador natural de Aveiro assinou um contrato válido por cinco temporadas, ou seja, até 2026.