No comparativo com a primeira volta da temporada passada, a equipa minhota sai a perder. Recuperar terreno só será possível com uma segunda metade praticamente irrepreensível
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O Braga chega ao fim da primeira volta do campeonato com menos quatro pontos do que na época anterior e um lugar abaixo na classificação (quarto). A principal diferença para 2020/21 está no rendimento em casa, com menos três pontos conquistados.
Contas feitas, o pódio está já a uma distância considerável, mas isso também tem a ver com a maior quantidade de pontos conquistada pelo FC Porto (mais oito) e pelo Benfica (mais seis) em relação a igual período da temporada passada, sendo que o Sporting (menos um), tal como o Braga, acumulou menos resultados positivos.
Se há cerca de um ano o conjunto minhoto tinha menos nove pontos do que o líder do campeonato, e menos três do que o segundo classificado, agora tem menos 15 do que os portistas, estando a 12 do segundo posto e a oito do último lugar do pódio.
O jogo com o Famalicão já não podia inverter a queda pontual dos arsenalistas em relação à primeira volta da época passada, mas o empate acabou por acentuar a descida e, por outro lado, confirmar o desperdício de pontos nos encontros realizados na Pedreira.
Se em 2020/21 a equipa de Carlos Carvalhal fez 21 pontos em casa, desta vez não foi além dos 18. E se o Braga até marcou mais golos no seu estádio do que na última época (18 contra 12), o problema esteve no registo defensivo, com oito golos encaixados contra os quatro de há um ano. Fora de casa, a diferença pontual do Braga não é significativa (14 pontos contra os 15 da temporada anterior).
Para a equipa arsenalista alcançar o último lugar do pódio será necessário fazer uma segunda volta praticamente imaculada em termos de resultados e também esperar por um trambolhão de um dos rivais. A diferença em relação à época passada é que o Braga pode concentrar-se quase exclusivamente no campeonato, dado que já foi afastado da Taça de Portugal e da Taça da Liga, e por via disso terá um calendário menos preenchido do que os concorrentes que seguem à sua frente ao longo das próximas semanas, algo que potencialmente poderá ser uma vantagem. E em fevereiro, no duelo com o Sheriff Tiraspol, da Moldávia, o conjunto minhoto também ficará a saber se continuará na Liga Europa.
Outra das principais diferenças em relação à primeira volta de 2020/21 está em Ricardo Horta, neste caso com dados favoráveis para o jogador. Nos primeiros 17 jogos da última temporada, o capitão apontou seis golos, enquanto na prova atual já conseguiu uma dezena de remates certeiros. Aliás, Ricardo já marcou em metade da prova mais golos do que no campeonato anterior (nove).