Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Braga, após o empate a dois golos com o Famalicão.
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Resultado: "Não sei se justo ou não. Acima de tudo, um jogo em que jogámos 75 minutos onze contra dez, é preciso frisá-lo. Há um jogo até à expulsão e um jogo depois da expulsão. Até à expulsão, estávamos bem, a alimentar várias vezes o ataque, a ameaçar o golo, e fizemos um, mas sentíamos que estávamos por cima e poderíamos, inclusivamente, marcar mais."
Expulsão de Bruno Rodrigues: "A expulsão dita uma mudança no jogo. A partir daí, tínhamos de fazer duas coisas: saber defender, quando não tínhamos a bola, ser compactos e sólidos; fizemo-lo bem. O Famalicão acaba por ter, salvo erro, os dois golos, uma boa defesa do Matheus na primeira parte, outra na segunda e, de resto, nós controlámos completamente, apesar de o Famalicão ter a bola. Mas, eu creio que até dividimos a posse de bola em 50/50. Essa função fizemo-la bem, à exceção do segundo golo sofrido, que é uma perda de bola num momento em que estamos a abrir a equipa, uma transição rápida, fomos apanhados em contrapé e sofremos um golo que não se estava a adivinhar até ali. Estávamos com o jogo perfeitamente controlado. A partir daí, foi uma reação espetacular, brutal. Fizemos o 2-2, podíamos ter feito o 3-2, por duas vezes, atirámo-nos ao jogo. O guarda-redes também já antes fizera duas defesas espetaculares."
Entrega: "Valeu, fundamentalmente, pela atitude da equipa, a crença, a vontade de conseguir ganhar o jogo. Estou muito satisfeito com os meus jogadores, com a atitude e o comportamento. Obviamente que não vamos jogar todas as vezes onze contra dez, mas tenho a consciência de que, neste jogo, onze contra onze, nós iríamos ganhar. Estávamos por cima, adivinhava-se que isso iria acontecer."
Balanço: "O campeonato é uma prova de regularidade. Terminámos a primeira volta, devemos levar sete pontos para a equipa que está atrás, não conseguimos aproximar-nos da frente, que era o nosso desejo. Isto é uma prova de regularidade em que nos atiramos aos jogos todos para vencer e também não queria esquecer, de forma alguma, que jogámos com o Bruno Rodrigues, o Falé, que tem 17 anos, o Roger que entrou e tem 16, o Couto é um jovem como o Moura. Uma equipa muito jovem, às vezes pode acontecer um ou outro erro, uma precipitação, faz parte do crescimento. Estou extremamente satisfeito com todos os meus jogadores e também muito orgulhoso dos jovens, têm dado uma resposta muito boa."
Recado à arbitragem: "Não comento arbitragem. Acho é que é preciso ter mais cuidado quando se tira um jogador do campo. Este é um espetáculo que muita gente vê. Temos de proteger o jogador, mas também o espetáculo. Tirar um jogador de forma tão prematura... O jogo fica diferente, não fica tão atrativo para quem o observa e quem está em inferioridade numérica tem de se resguardar. Ainda não vi as imagens e não vou comentar um lance que não vi".