Atleta do Benfica conduzia, em Londres, acompanhado da mulher e do filho recém-nascido, quando foi mandado parar pela polícia. O casal acusa as autoridades de violência racial.
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O Benfica lamentou e repudiou esta terça-feira o incidente que envolveu o atleta Ricardo dos Santos, que no sábado foi interpelado e algemado pela polícia de Londres, depois de ser mandado parar enquanto conduzia.
"Todas as formas de racismo são intoleráveis e este episódio é mais um exemplo, entre tantos que infelizmente ocorrem todos os dias, que reforça a necessidade de refletirmos, mudarmos e lutarmos por uma sociedade mais justa", refere o clube, através da sua newsletter diária.
No sábado, quando se dirigia de automóvel para casa, na companhia da mulher, a também atleta Bianca Williams, e o filho de três meses, Ricardo dos Santos foi mandado parar, algemado e acusado de cheirar a canábis.
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O atleta pediu que lhe fizessem um teste de despistagem, que não aconteceu, e a polícia acusou-o, sem o multar, de ir acima da velocidade permitida, com Ricardo dos Santos a acusar as autoridades de racismo.
O velocista, tal como o seu treinador, o antigo campeão olímpico e mundial Linford Christie, explicou que não é a primeira vez que é abordado pela polícia, desde que adquiriu um carro de gama superior, e disse que vai processar as autoridades, considerando serem atitudes racistas.
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Esta terça-feira, o Benfica deixou a "manifestação de solidariedade" ao atleta, um dia depois de Ana Oliveira, diretora do Benfica Olímpico e ex-atleta também ter manifestado a sua indignação com o sucedido.
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra. Força", escreveu Ana Oliveira na rede social Instagram.
Ricardo dos Santos, que vive e treina em Londres, deverá regressar a Portugal no início de agosto para preparar e competir no nacional de atletismo de clubes.
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