O Benfica solicitou ontem ao União da Madeira a antecipação, para o dia 16 do próximo mês, do jogo que está em atraso e já agendado para o dia 23, mas o clube madeirense não vai, nem pode ceder
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Devido ao nevoeiro que cobriu a Choupana no dia 3 de outubro, o encontro entre o União e o Benfica da sétima jornada não se realizou e logo aí surgiram complicações no entendimento entre os clubes em relação a uma nova data. Teve de ser a Liga a decidir o dia 23 de dezembro, mas na altura ficou assente um acordo de cavalheiros: caso as duas equipas fossem eliminadas da Taça de Portugal, o dia 16 de dezembro seria uma data possível - e mais afastada do Natal. Quando foi "selado" esse acordo, ainda não tinha acontecido o União-FC Porto, que também não se realizou, devido ao mau tempo que impediu os dragões de aterrarem no Funchal. Dia 2 de dezembro foi a data acertada para esse confronto.
Ora, Benfica e União foram eliminados da Taça por Sporting e Aves, respetivamente. Ontem, os benfiquistas solicitaram o cumprimento desse acordo, mas o União vê-se obrigado a dizer "não". É que se isso acontecesse, os madeirenses teriam cinco jogos em apenas 18 dias (ver calendário), três deles com os grandes. O próprio treinador Norton de Matos fez cara feia a essa possibilidade. Embora a resposta não tenha sido ainda formalizada, o Benfica já está prevenido para a nega que vai levar. O JOGO sabe que havia uma contrariedade para além da sobrecarga do calendário: o risco de o Nacional ter jogo para a Taça em casa dia 16 (o sorteio é depois de amanhã). A alternativa seria jogar nos Barreiros, mas Marítimo e União estão há muito em conflito.