Benfica: a crise da covid-19, a possibilidade de lay-off e o impacto no mercado
Em entrevista à BTV, Tiago Pinto, diretor geral do Benfica, falou sobre o impacto que a crise da covid-19 provocará no clube e no mercado.
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Jogadores terminam contratos em junho. Será fácil superar essa limitação?
"Esta semana saiu um documento orientador da FIFA que traz luz sobre o tema. As recomendações dizem que os contratos se ajustem às novas temporadas. Se se estende por um mês, então o contrato terá mais um mês. O Benfica não tem casos desses, mas nos contratos nada se sobrepõe à relação dos clubes com os jogadores. Felizmente renovámos com muitos, temos o plantel protegido."
Se estender para além de junho, o Pedrinho poderá jogar?
"Se as épocas colidirem temos de dar benefício ao clube anterior [Corinthians]. Nós, para além das questões legais e das recomendações, também temos a parte da ética. Acreditamos muito no Pedrinho, queremos muito que ele esteja connosco, mas e época 2020/21 será concluída com 25 jogadores que fazem parte deste plantel e que nos ajudarão a conquistar os dois títulos que temos para conquistar."
Mesmo os grandes rivais estão mais unidos agora? Maior união do que há dois meses?
"Infelizmente, às vezes, o ser humano precisa de sentir uma situação limite para sentir essas emoções como solidariedade. Instituições como a Liga e a FPF têm potenciado essa união e solidariedade. Há uma vontade coletiva de que as coisas corram bem, queremos ajudar para que o país controle o problema, que sejamos um exemplo positivo para a sociedade."
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Poderá haver reduções salariais no Benfica? Lay-off?
"Felizmente, o Benfica tem um líder que conhece o clube como a palma das mãos. Que conseguiu lidar com todas as adversidades. O presidente está a avaliar isso. O impacto nas receitas, as despesas que continuamos a ter... Há um estudo do impacto que a crise terá no Benfica e essas questões serão tratadas internamente."
A crise pode ter impacto nas contratações para a próxima época?
"É inevitável que o próximo mercado não seja influenciado pelo que está a acontecer. Vemos o mundo a mudar, sentimos o impacto e tudo vai ser diferente. Mas não é o momento para falar do mercado. Ninguém está preocupado com isso, queremos é estabilidade. Depois competir e vencer. E só depois tratar do mercado."
Que mensagem deixa?
"Por mais que o mundo mude, o Benfica vai ter a necessidade de continuar a ganhar. Não paramos, não descansamos face a estas limitações. Quando o futebol voltar vamos estar fortes e capazes de ganhar as 11 finais que temos pela frente. Essa é a preocupação."
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