A edilidade afirmou que "não pode fomentar o incumprimento da lei", em reação à pretensão de um grupo de sócios do Leixões de montar uma bancada fora do estádio
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A Câmara de Matosinhos afirmou hoje, em comunicado, que "não pode fomentar o incumprimento da lei", em reação à pretensão de um grupo de sócios do Leixões de montar uma bancada fora do estádio do Mar.
"A Câmara Municipal de Matosinhos entende, também, que poderia resultar para o Leixões um prejuízo maior se, ao castigo determinado, se somassem atos de incumprimento que não seriam percebidos pelos cidadãos", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.
A autarquia confirma que "foi confrontada, informalmente, com a vontade de um grupo de adeptos do Leixões de montar uma bancada em sinal de protesto contra a decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional que interdita o Estádio do Mar num jogo à porta fechada".
A decisão não foi da Liga, foi do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol, que puniu o Leixões com um jogo à porta fechada alegando que alguns adeptos do clube tiveram comportamentos racistas no encontro com o Belenenses, quando esta equipa visitou o Estádio do Mar para a II Liga Portuguesa de futebol (1-1).
O castigo é para ser cumprido já no próximo domingo, no jogo Leixões-Aves, marcado para as 16h00, o que levou um grupo de sócios a pôr-se rapidamente em campo e a decidir alugar uma bancada de 320 lugares para ser "instalada entre o pavilhão e o muro da bancada visitante".
"A pretensão não deixaria de constituir uma forma de protesto criativa contra uma decisão incompreensível", diz a Câmara no seu comunicado.
A autarquia considera que "qualquer manifestação de racismo é deplorável", mas refere também que "causticar o comportamento de um grupo de adeptos, generalizando-o, dessa forma, a um clube e uma cidade, é algo de intolerável", tendo em conta "a realidade do comportamento dos adeptos de todos os clubes de todo o país".