Declarações de António Bagão Félix, candidato a presidente do Conselho Fiscal do Benfica pela lista "Benfica Acima de Tudo", de João Noronha Lopes, apresentada esta terça-feira em Lisboa
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Eleições: "Espero entrar 30 anos depois e sobretudo porque acredito neste projeto. Noronha Lopes é um benfiquista integral, íntegro e competente, que entende que o Benfica precisa de uma mudança e de não pensar apenas no dia seguinte. Nos dias de hoje, ter visão estratégica é importante e, pela minha parte, não me apresento contra ninguém, mas por princípios de gestão, éticos, patrimoniais e desportivos".
Príncipios que faltaram nos últimos anos? "Não, não está em causa o benfiquismo de quem esteve a liderar, respeito isso integralmente e até os erros, que por vezes todos os cometemos, mas acho que é um Benfica que se deixou ultrapassar, descafeinado, a pensar apenas na semana seguinte e os tempos são de grande exigência, em que é necessário haver um equilíbrio económico para salvaguardar a estabilidade financeira. Os clubes portugueses e o Benfica precisam sempre de receitas adicionais para equilibrar as suas receitas e despesas e isso é algo em que temos de refletir a curto prazo".
Relatório e contas de 2024/25 chumbados há dias: "Eu se for eleito só sou presidente fiscal a partir daquele momento, mas as contas serem aprovadas ou desaprovadas em AG às vezes não tem a ver com as contas, a maioria de quem vota se for preciso nem olha para as contas. Isso é algo que é preciso recuperar, uma relação de confiança com os sócios e se for eleito serei presidente de um órgão solidário, mas exigente, que ajude, mas que seja independente. Essa independência é fundamental num Conselho Fiscal e espero que a expressão contabilística seja a verdadeira do clube".
Esse chumbo é um sinal de desconfiança na atual Direção? "Não quero olhar para trás, já falei sobre isso na minha anterior resposta".
Receio de alguma surpresa desagradável nas contas do clube caso Noronha Lopes seja eleito? "Espero que não, eu já olhava para as contas como economista com interesse e revelam bem os desafios, oportunidades e debilidades, não só da Benfica como de qualquer clube português. As contas são entregues à CMVM com credibilidade técnica, por isso não espero encontrar nenhuma surpresa sem serem os riscos que um clube português encara no futuro".