Auditoria mostra casos nebulosos e objetivo é claro: expulsar Bruno de Carvalho
Dados que têm vindo a ser revelados acentuam as dúvidas em torno da licitude da gestão do ex-presidente.
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A divulgação pública dos primeiros dados da auditoria de gestão efetuada pela Bakertilly aos cinco anos e meio de governação de Bruno de Carvalho, sabe O JOGO, é apenas mais um indicador externo de um processo interno que visa erradicar da vida ativa do Sporting o presidente destituído em junho passado, expulsando-o de sócio em sede de assembleia geral a designar para tal efeito (ler peça à parte), mediante votação.
As suspeitas dos órgãos sociais em exercício em torno da licitude de vários processos em torno da gestão de Bruno de Carvalho e sua equipa diretiva vinham de longe, daí a auditoria em questão, cujos resultados revelados progressivamente têm trazido à superfície uma série de casos no mínimo nebulosos - vários deles serão levados à justiça.
Independentemente das consequências legais que os casos desenterrados possam ter, a verdade é que estes podem ser decisivos para influenciar a votação dos associados leoninos na próxima assembleia geral
Independentemente das consequências legais em torno de eventuais investigações criminais, por exemplo ao protocolo com o Batuque FC, aos valores pagos pelas transferências de atletas como Acuña e Montero ou de comissões nos negócios de Bruno César ou Alan Ruiz - este caso já em investigação policial por denúncia do ex-vice-presidente Vítor Ferreira -, os casos detetados podem vir a ser decisivos para influenciar a decisão dos associados leoninos, que vão votar em breve a sua expulsão de sócio, após a decisão de março último do Conselho Fiscal e Disciplinar.
Assembleia Geral mal acabe a temporada
A data da assembleia geral em que os associados do Sporting se vão pronunciar sobre os castigos aplicados a Bruno de Carvalho e alguns dos elementos do antigo Conselho Diretivo ainda não é conhecida, mas, sabe O JOGO, que irá realizar-se mal acabe a temporada. Bruno de Carvalho submeteu o seu recurso para a reunião magna, tal como Alexandre Godinho, advogado e antigo vogal da Direção, ambos expulsos em março último pelo Conselho Fiscal e Disciplinar, liderado por Baltazar Pinto. Recorde-se que a decisão do órgão abrange igualmente uma suspensão de nove meses para Carlos Vieira, antigo administrador da SAD, que não vai recorrer da mesma, e de seis meses para Luís Gestas, ex-vogal. O antigo administrador Rui Caeiro foi objeto de uma repreensão escrita.