Artur Jorge falou em Viana do Castelo sobre o processo da sua chegada ao comando da equipa principal do Braga
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Presente no fórum de treinadores promovido pela ANTF no Centro Cultural de Viana do Castelo, Artur Jorge falou em dois tempos, tendo abordado na mesa redonda as razões que ajudaram na aposta feita pelo presidente António Salvador.
"Não tenho grandes dúvidas que foi o meu trajeto enquanto jogador no Braga, um percurso que vinha sendo feito desde os sub-15, que influenciou a decisão do presidente em fazer-me assumir o comando do Braga. Sabendo do estado de espírito, do caminho desejado, acho que isso teve um peso importante. Depois, um treinador está sempre sujeito aos resultados, mas além disso acho que foi encarada a nossa forma de trabalhar, o que terá contribuído para uma reflexão mais segura e crente do que podíamos dar à equipa e com uma noção clara dos objetivos", sustentou.
"Assim sendo, há um clube identificado com a fórmula do treinador e um treinador identificado com o processo que o clube quer. Mas é, também, claro que não vamos depender exclusivamente da formação, tivemos jogadores que foram contratados para fortalecer a equipa. Apenas há essa ideia dos valores que existem e que podemos rentabilizar: Já o treinador só é valorizado ou rentabilizado pelos objetivos que alcança", acrescentou Artur Jorge, analisando também a marca do clube nas épocas recentes, transformando em mais-valias diversos atletas da formação.
"Há esse potenciar sem nunca deixar para trás o resultado. Temos tido vários exemplos de jovens que chegam à equipa principal a partir da B. Vitinha foi potenciado nesse sentido, foi a maior venda que o clube fez de um jogador da formação que passou por todos os escalões. Houve um rendimento ativo, que foi o que fez no campo, e um rendimento económico, que premeia a nossa formação", explicou Artur Jorge, recusando qualquer choque de realidade entre trabalhar na formação e nos seniores.
Aproveitou também para antecipar a gestão de Al Musrati pelo compromisso com a religião. "Teremos, agora, o desafio do Ramadão, algo que causa impacto e interfere no treino", disse.
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