Declarações de Artur Jorge, treinador do Braga, na antevisão da final da Taça da Liga contra o Estoril, às 19h45 de sábado
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A final com o Estoril é inesperada pelo adversário em questão, reforça ambições de conquista em Braga e Artur Jorge não foge à importância da equipa fazer os adeptos sorrirem em Leiria, até por se poder tratar do primeiro troféu a levantar debaixo do seu comando.
"Esta é a minha segunda final em dois anos consecutivos. Sinto-me feliz por participar, é uma final que quero ganhar. Iremos dar o máximo para poder vencer o jogo. Tendo em conta que é uma final, há dois pontos comuns: o mérito de quem chega para a disputar e a ambição que qualquer um em a vencer. Será um jogo difícil, tentaremos dar o nosso melhor", atestou o técnico dos guerreiros, levantando o véu sobre a personalidade da equipa em Leiria, pelo menos a visão do que deseja. "Estrategicamente teremos de ser equilibrados em todos os momentos. Vamos ter fases em que estaremos por cima, noutros momentos teremos de ser mais contidos, equilibrados e fortes defensivamente. Temos de ter uma identidade muito igual à que temos tido, saber controlar todos os momentos, assumindo quando for necessário, até porque estamos confortáveis. Mas o equilíbrio é fundamental", avisou.
O técnico fugiu à pele de favorito já cravada nesta final sem os ditos grandes. "Não acho que as finais possam ter favoritos, em termos mediáticos há essa tentação de encontrar equipa mais fortes. Como treinador importa-me fazer uma abordagem que vão estar em campo duas equipas preocupadas em vencer o jogo, que estão na decisão por mérito próprio. Temos só um resultado que nos fará sair felizes do jogo", explicou, olhando mais especificamente para o rival que vem da Linha. "Há um Estoril que conheço bem do campeonato, a forma como se tem comportado. É uma equipa boa com boas individualidades, fizeram um bom jogo em Braga na Liga, em que o vencemos por fizemos uma grande partida. Temos de encontrar essa nossa melhor versão, essa capacidade de sermos superiores, perante um adversário que defende bem com muita gente atrás da linha da bola", analisou Artur Jorge, também consciente de uma história que implica cautelas, já que o Braga foi finalista derrotado da Taça da Liga, quando apanhou um adversário teoricamente menor: o Moreirense, em 2016/17.
"Sabemos desse jogo, somos conhecedores da história do Braga. E esse jogo não está distante. Esta final é a mais distinta que podíamos ter, temos de saber controlar expectativas em dois aspetos fundamentais. A ambição não pode ser diferente em função do adversário, nada seria diferente se tivéssemos o Benfica na final. Era para vencer. E por outro lado, a dificuldade é tão maior quanto a ambição, porque não podemos cair na tentação de achar que há favoritos. São duas equipas com as mesmas possibilidades, será um final equilibrada e a melhor equipa acabará por vencer. Tudo faremos para isso acontecer para o nosso lado", sublinhou.