Declarações de André Villas-Boas, presidente do FC Porto, esta quarta-feira, à margem da apresentação das contas da SAD relativas ao exercício financeiro 2024/25
Corpo do artigo
FC Porto entra finalmente na rota da saúde financeira? Resultados estão a igualar ou superar as expectativas? "Houve uma transformação profunda do ponto de vista operacional de gestão, que está altamente vinculado com operações que fizemos. Das quais destacamos a Dragon Notes e a Ithaka, que têm impacto direto sobre estas contas, bem como as vendas do verão passado e de janeiro. Tudo isto tem impacto nestas contas. O FC Porto não podia ter feito esta reestrutução financeira se não tivesse exectuado estas operações, das quais destacamos os 110 milhões de euros feitos em janeiro, que poderão ter tido impacto sob o ponto de visto desportivo na equipa principal. São operações que eram fundamentais para nós de executar, para manter este clube na linha de um clube de associados e a cumprir com as suas obrigações com os fornecedores, jogadores, clubes, agentes, etc... fomos abatendo dívida a troco de juros muito mais vantajosos. Queria congratular as equipas de gestão e financeiras, bem como a parte comercial, pelo trabalho notável. Projetar resultados de 2025/26 vemos continuidade em todas as áreas de crescimento. E agradecer aos sócios, porque esta dinâmica vem do respeito que têm para esta direção e o crescimento orgânico do número de sócios e mais lugares anuais. Continuamos a crescer exponencialmente."
Sobre o património, o Centro Alto Rendimento e melhoria do estádio. Havendo o acordo com a Ithaka, a Administração sentiu que este aumento de patrimónia podia ajudar o FC Porto a ter maior independência? "As melhorias do estádio é um investimento no ativo, mas não há crescimento no património. Isso existe, sim, com o CAR e a propriedade dos terrenos."
Data para a inauguração do CAR? "Os terrenos foram comprados e segue a fase de licenciamento da obra. Os dados são positivos, está tudo regular. O FC Porto terá de decidir o veículo financeiro para a construção, procurando parceiro ou construir com fundos próprios. Um ano e meio a dois anos de construção pela frente."
Reforço da equipa em janeiro, especialmente no eixo da defesa, pela lesão grave de Nehuén Pérez? "Temos um plantel equilibrado, mas que tem sofrido algumas lesões. Nessa ótica não é impossível que pensemos em reforçar com um defesa central em janeiro. Não obrigatoriamente uma compra, mas talvez um empréstimo. Vai ser algo para o treinador decidir."
Resultado dentro das expectativas? "Foram resultados extraordinários, que permitiram este investimento avultado na equipa principal."