Adeptos, Gabri Veiga e produção ofensiva: tudo o que disse Farioli antes do Moreirense-FC Porto
Declarações de Francesco Farioli em conferência de imprensa de antevisão ao Moreirense-FC Porto, jogo marcado para às 20h15 de segunda-feira e relativo à nona jornada da I Liga
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O que pensa do Moreirense e das maiores forças? "São a equipa com o melhor registo em casa, ganharam os jogos todos, é definitivamente um jogo que vai exigir muito de nós, é uma equipa muito bem organizada e treinada, com jogadores prontos para aplicarem as ideias do treinador. Temos de estar preparados para competir e para recomeçarmos o nosso caminho no campeonato"
Quão importante foi a conexão com os adeptos e isso pode ser um problema se o FC Porto perder na liga? "Vencemos, empatamos e perdemos no futebol, claro que tentamos sempre fazer tudo para ganhar, é o que o clube exige. Mas penso que os adeptos estiveram connosco e apreciaram o nosso desempenho lá. Vi muitos comentários depois do jogo e muitos deles foram emocionais da vossa parte e não tanto dentro da realidade do jogo. Vi uma equipa que tentou jogar, com muita coragem e que jogou contra uma equipa muito baixa. Pressionámos, defendemos bem e atacámos bastante bem, e já mencionei como o Nottingham é bom. Sou muito crítico, como sabem, depois do 3-0 no Rio Ave, fui à conferência de Imprensa receber muitos elogios e eu estava furioso por dentro, porque achei que não jogámos bem. No último jogo, estivemos realmente bem, num desafio decidido por dois penáltis."
Excluindo Celoricense, o FC Porto teve menor produção ofensiva contra Benfica e Nottingham. Isso preocupa-o? "Quando defrontas uma equipa que defende num bloco baixo, é normal que a produção ofensiva e a qualidade das oportunidades seja menor. A realidade é que tanto num jogo como noutro tivemos as melhores oportunidades. Mesmo em Nottingham, tivemos mais golos esperados do que o adversário, se excluirmos os penáltis. Não concedemos nada contra o Benfica e foi o mesmo em Inglaterra. As duas exibições foram positivas, talvez não brilhantes, mas isso também está relacionado com a forma como o adversário decide jogar. São dois resultados que temos de aceitar e há que ter um pouco de perspetiva. Desde que estou aqui, com os jogos particulares incluídos, vencemos 92% dos jogos."
Gabri Veiga só cumpriu os 90 minutos uma vez. Qual é o motivo? "Por muitas razões. O Gabri teve um início de época complicado, antes do primeiro jogo da época, teve uma pequena lesão e outros pequenos problemas que atrasaram um pouco a sua progressão. Trabalha arduamente e precisa de estar na melhor condição para suportar os seus atributos físicos, é um jogador explosivo. Temos de o ter com o brilho certo. Tentamos gerir da melhor maneira possível a sua condição e ele está a prestar muita atenção a esse processo, dentro e fora de campo, desde a nutrição até ao processo de recuperação. Está a readaptar-se a diferentes exigências futebolísticas, entre a sequência de jogos e aquilo que pedimos aos médios, mas estou absolutamente satisfeito com o que o Gabri está a fazer e estamos todos a ajudá-lo a atingir o seu melhor, que ainda não vimos, mas acredito que em breve vamos ver o Gabri que todos esperamos."
Estar imbatível estava a pesar nos ombros de uma equipa tão jovem? "Foi um sentimento bom de se ter e trabalhámos para isso, não o queríamos perder e é só isso. Os resultados acontecem, especialmente num calendário com tantos jogos em diferentes competições. Depois das vitórias tentamos esquecer e seguir em frente e aqui [em Nottingham] foi uma boa exibição, mas não um bom resultado e temos de seguir também para um jogo que vai exigir muito de nós e em que teremos de estar com o fogo o futebol certo para aplicar no campo."
Apesar de conceder pouco, faltou criatividade ao FC Porto nos últimos jogos? "Tal como disse, depende de contra quem jogamos, da forma como eles se exibem. Contra o Benfica lembro-me de três grandes oportunidades. Neste tipo de jogo, quando as qualidades das equipas são muito semelhantes e cada bola pode decidir o jogo, se crias três e concedes zero, sendo que foi quase igual em Nottingham tirando os penáltis...por vezes tens mais sorte e a bola entra, noutras não. Não estamos aqui para ter análises emocionais. Temos de ser muito críticos e severos na análise, claro, mas também objetivos quando as coisas são bem feitas e analisar com a cabeça fria. Podemos fazer melhor? Claro."

