Médio jogou no Admira Wacker e foi galgando patamares. Liderança e profissionalismo são exaltados, mas também alguma arrogância foi notada
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Hjulmand foi alvo de uma grande cobertura mediática na Áustria. Apesar de dinamarquês, foi no Admira Wacker que se desenvolveu entre 2018 e 2020. E o portal Laola1 fez uma extensa cobertura ao regresso do médio ao país.
"Vi Hjulmand ao vivo num jogo internacional entre as seleções de sub-19 da Dinamarca e da Alemanha e gostei muito dele. Fiquei convicto de que ele se desenvolveria muito bem connosco. E ele não nos dececionou. Foi, e é, um rapaz incrivelmente profissional. Alimenta-se bem, presta atenção a um hábito de sono saudável, concentra-se nos treinos... É absolutamente exemplar. Em campo, tem uma excelente presença, é assertivo, pensa e age de forma muito estratégica. E também é mentalmente forte", explica o ex-dirigente dos austríacos, enaltecendo, também, o papel familiar: "Vem de uma família que é louca pelo futebol. Mantenho contacto com ele e com os pais, pessoas muito terra a terra e simpáticas, que apoiam muito o filho. É um profissional exemplar. É um verdadeiro líder que dá sempre um bom exemplo. Também aprendeu rapidamente a língua, o que o ajudou", começa por dizer o antigo diretor desportivo do Admira, Amir Shapourzadeh, que o contratou ao Copenhaga.
Ernst Baumeister recebeu-o no clube. "Na altura ele não estava suficientemente maduro, ainda era jovem. Por isso, depois de algum tempo, e devido ao seu sucesso, também se tornou muito arrogante. Nos anos seguintes amadureceu muito e tornou-se um elemento fundamental no Admira", diz o antigo treinador, precisando: "Depois de algum tempo connosco, finalmente entendeu. Apercebemo-nos de que ele podia fazer mais do que muitos outros e de que podia tornar-se num líder, embora isso tenha demorado algum tempo e ele só tenha chegado lá no último ano no Admira."
Até os colegas assinalaram o perfil de Hjulmand. "O Morten era um verdadeiro escandinavo, ou seja, tinha muita autoconfiança e um trato muito amigável. Era fisicamente muito evoluído para a idade, extremamente forte em duelos, mas agia de forma algo descontrolada. Teve de aprender que certas coisas simplesmente não funcionam para um jogador jovem, faltava-lhe um pouco de disciplina, especialmente quando teve de sentar-se no banco por alguns jogos e ficou muito chateado", revelou o central de 35 anos Schosswendter, lembrando uma situação concreta : "Numa ocasião, o desejo de jogar tornou-se tão forte que ele pegou no equipamento de aquecimento e foi preparar-se sem receber instruções. Com o tempo envolveu-se cada vez mais em discussões. Mas devido ao seu papel de liderança, que mais tarde assumiu, tinha direito a isso. Porque com o tempo apercebemo-nos ele queria assumir a responsabilidade. Na minha opinião é isso que faz um líder, porque o Morten foi um para nós, deu sempre tudo de si e esteve muito presente."
O central Schosswendter reconhece que se percebeu rapidamente que o futuro dele passava por outras paragens e que tem aptidão para uma Premier League : "Acho que a Premier League assentar-lhe-ia muito bem. Se ele se mantiver saudável, então o salto para uma das cinco principais ligas é certamente possível".
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