"A confusão instalada em Alvalade, provocada pelo presidente, prejudica o Belém"
Abel Camará venceu por duas vezes o leão, tendo marcado em ambos os encontros. A partir de Itália, perspetiva um encontro equilibrado mas receia uns leões de orgulho ferido.
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Sem remorsos pela saída atribulada do Restelo, após um aceso diferendo com os adeptos "que faz parte do passado", Abel Camará continua a seguir o clube por quem mais jogou e festejou, sobretudo frente ao Sporting, próximo adversário do emblema do Restelo. De longe, em Cremona, Itália, o luso-guineense de 28 anos faz, a O JOGO, a antevisão "de um grande dérbi lisboeta" e que chega "num momento especial, até por tudo o que o rodeia". O extremo/avançado explica as suas razões. "A confusão instalada em Alvalade, provocada pelo presidente, prejudica o Belém. Porquê? Porque os jogadores do Sporting têm o orgulho ferido pelas críticas que receberam e agora tudo vão fazer para limpar a imagem e vão querer ganhar todos os jogos para mostrarem que devem ser respeitados."
Perante a esperada motivação visitante, Abel Camará acredita que os seus antigos colegas podem repetir aquilo que o próprio já logrou. E nos recordou. "Guardo ótimas memórias do Sporting, sobretudo de dois jogos muito especiais, em que ganhei e marquei. Num para a Taça da Liga (3-2, em 2015) e noutro em que terminou com um longo jejum de 62 anos em Alvalade (vitória por 1-3). Acredito que este Belenenses pode repetir a proeza, uma equipa compacta e que agora tem as ideias esclarecidas e que sabe o que fazer com a bola." O trabalho de Silas, com quem trabalhou "um mês nos tempos do Rui Jorge", merece nota "muito positiva". "Este já parece o Belém europeu. Os adversários já começam a ter medo de jogar no Restelo. Voltou o respeito. Prognósticos? Acredito num empate e que seja com muitos golos", vaticinou.