Tulipa não está a brincar. O treinador do Vizela refere, em entrevista a O JOGO, que ambiciona trabalhar num grande, mas este não é um grande qualquer.
Corpo do artigo
Tem contrato até 2024. É certo que vai continuar?
-Mantive o mesmo contrato quando vim para os sub-23. Temos que falar, porque as coisas são diferentes no futebol profissional. Um treinador decide pouco, mas pode apoiar muito. Gosto muito do que faço e sou sempre um apoio às pessoas que acreditam em mim. Se não houver esse acreditar, não há problema.
Foi jogador e treinador na formação do FC Porto. Alimenta o sonho de ser treinador da equipa A dos dragões ou de um grande?
-Eu alimento o sonho de ser o treinador do Bayern de Munique! Esse é o meu topo. É a equipa que joga melhor e está enquadrada na minha filosofia: é a mais agressiva, tem mais posse de bola, faz mais golos e sofre menos.
Mas isso é praticamente impossível...
-Não sei, ando a aprender alemão! Mas, para já, ambiciono acabar o meu trajeto no Vizela numa classificação condizente com o real valor da equipa.
https://d3t5avr471xfwf.cloudfront.net/2023/03/oj_tulipa_e_expetativas_20230329173835/mp4/oj_tulipa_e_expetativas_20230329173835.mp4
Esta experiência está a exceder as expectativas?
-A expectativa está muito dentro do que estamos a fazer. Temos uma posição estável, mas podíamos andar um bocadinho mais à frente. Perdemos nos últimos instantes de alguns jogos por ingenuidade e falta de maturidade. E, por vezes, não é só da equipa, também é de quem dá indicações, neste caso, do treinador.
Mas uma época bem mais tranquila do que a anterior.
-Houve muito mérito do nosso trabalho e da execução dos jogadores. Na época passada, terminámos com 33 pontos e agora temos 32, mas é também verdade que no ano passado foi o primeiro ano e este é o segundo. Ou seja, há um maior conforto de toda a estrutura, que já conhece a competição, dos jogadores, que já conhecem os adversários e da adaptação a esta competição, porque uma grande parte deles veio de baixo. É normal pedirmos um bocadinho mais.