Marcus Edwards, Esgaio e João Mário estão em fases diferentes de negociação. Rúben Vinagre é alvo complexo.
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A SAD do Sporting tem vindo a marcar a sua posição no mercado, antecipando movimentos que pretende concretizar, abrindo negociações com os emblemas de atletas que deseja assegurar como é o caso, por exemplo, de Ricardo Esgaio, ou encetando e retomando abordagens por outros alvos como Marcus Edwards.
O Sporting também já se posicionou, fazendo notar o seu interesse em relação a Rúben Vinagre e quanto à continuidade de João Mário, mantendo-se fiel ao princípio definido pelo técnico Rúben Amorim e respetiva estrutura do futebol profissional: a preferência será sempre dada ao mercado nacional. Mas vamos por partes.
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O último nome a emergir no xadrez do mercado leonino é o de Marcus Edwards, extremo do Vitória de Guimarães. O Sporting, depois das negociações efetuadas no final da última temporada - em que o V. Guimarães apontou para uma negociação entre os 15 a 20 milhões de euros (M€), como O JOGO oportunamente deu conta -, voltou à carga junto do líder vimaranense, Miguel Pinto Lisboa, há cerca de uma semana, procurando perceber em que moldes um eventual negócio pode ser feito. Os leões olham para a baliza dos sete a oito milhões de euros e a colocação de atletas no acordo, enquanto os vimaranenses não fogem dos valores anteriormente pedidos, ainda que admitam a colocação de jogadores num eventual acordo, longe de ser alcançado. Pepa, o novo treinador do V. Guimarães, terá uma voz decisiva no processo e na escolha de eventuais ativos provenientes do Sporting, isto sem esquecer a condicionante de que 50% de uma futura transferência caberá ao Tottenham, emblema formador de Edwards.
Ricardo Esgaio, como oportunamente demos conta, é a prioridade dos leões para o lado direito da defesa, as negociações estão em curso com o Braga, o jogador sabe que irá dobrar o salário em Alvalade, passando a auferir cerca de 500 mil euros livres de impostos por temporada, com um vínculo válido por cinco anos. Falta acordar valores com o Braga, que pretende entre 8 a 10 M€, enquanto o Sporting não quer ir além dos 6 M€. Neste caso, o negócio, até pela vontade do jogador, é uma questão de tempo.
Reforço do plantel às ordens de Rúben Amorim será feito com base na preferência dada ao mercado interno, estratégia na base do sucesso na Liga NOS. Estratégias negociais estão em marcha
Rúben Vinagre é outro dos nomes que está em agenda e os leões já demonstraram o seu interesse ao representante, Jorge Mendes. O lateral-esquerdo esteve cedido por empréstimo do Wolverhampton ao Famalicão, tem contrato com os ingleses até 2024 e está também a ser seguido pelo rival Benfica. O Sporting posicionou-se e avalia permanentemente a possibilidade de concretização de uma operação que envolve diversas variáveis.
Também em marcha estão as conversações com o Inter de Milão por João Mário. Como o nosso jornal oportunamente deu conta, o Sporting sabe que o Inter pretende cerca de 10 milhões de euros pelo internacional português, quando este está a um ano de terminar contrato, mas em Alvalade há a expectativa de concretizar a operação por um valor inferior, aproveitando as dificuldades financeiras do emblema de Milão, a derradeira possibilidade deste em recuperar parte dos 40 M€ investidos em 2016, e a vontade do atleta em permanecer no clube. O salário de 3 M€ livres de impostos por ano poderá ser contornado com os benefícios fiscais inerentes ao programa "Regressar", assim como através de um contrato de maior duração e prémio de assinatura. O Inter, nesta fase, também pretende ver o que o mercado oferece.