Negócio de Félix Correia foi já ao abrigo do acordo entre as Direções dos dois clubes. Ingleses vão permitir aos leões atingir alvos mais caros, garantindo direitos de preferência. Frutos imediatos para o Sporting.
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A transferência de Félix Correia, extremo de 18 anos, do Sporting para o Manchester City - O JOGO noticiou-a em primeira mão - foi o pontapé de saída para a parceria estratégica estabelecida há meses entre os dois clubes e que tem como objetivo primordial a cooperação na obtenção de ativos de alto nível no mercado.
Cooperação não se fica apenas pela compra a "meias": troca de know-how no scouting é pedra basilar no que foi acordado
No caso específico do futebolista que na última época esteve ao serviço dos juniores, a impossibilidade de renovar o contrato por diferenças de valores (tinha apenas mais um ano de ligação) terminou com um acordo entre os verdes e brancos e os citizens a valer sete milhões de euros: 3,5 entram nos cofres do Sporting e a restante verba funcionará como uma garantia que o emblema presidido por Frederico Varandas poderá usar para reforçar o plantel, por exemplo ao garantir um futebolista dos quadros do campeão da Premier League ou vendo o City comparticipar numa transferência de outro jogador que não tenha ligação aos ingleses.
Venda de Félix Correia foi o pontapé de saída no acordo estratégico entre clubes. Leões garantem já 3,5 milhões e outros 3,5 para assegurar mais reforços
É aqui que reside um dos principais focos deste acordo, selado em solo britânico pelo líder leonino e por Hugo Viana, diretor-desportivo: por também haver cooperação no scouting, trocando-se experiências e métodos de trabalho, os dois emblemas vão identificar alvos promissores nos mais diversos mercados e mediante aquilo que pretendam - e também aquilo que cada um possa custar - acionarão, ou não, o protocolo. O que permite isto? Ao Sporting, conseguir futebolistas de craveira, normalmente inacessíveis para os clubes portugueses, dar qualidade ao seu plantel e uma plataforma de crescimento aos jogadores; no caso do City, partilha know-how com um dos clubes com maior histórico de formação no Mundo e pode, mediante a análise dos seus quadros, ficar com o direito de preferência por determinado atleta por quem tenha dado garantias.
Importa, também, referir que esta parceria nada tem a ver com Bruno Fernandes, médio por quem os ingleses dizem já não ter interesse.
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